domingo, 28 de dezembro de 2008

POEMA ANTIGO

Abrigo de longa data
Te encontro, derrotado, amassado
Amarelado, esquecido, num caderno rasgado
Velado pelo tempo, esquecido pelo espaço ...
Sem fim, que nos separa e ora nesta página nos une
Como amantes freneticos no relembrar de tempos ,
No leito a sós . . .

Quantas memórias, quantas estórias reproduzes
De glorias ou derrotas atrozes punhais ,
Que feriram corações desavisados sobre a dor do amor
Longe do amar na verdadeira paz e sossêgo do ser ,
Realizado no poema novo ... ou antigo ...
No amor amigo, a buscar abrigo no poema . . .
Antigo !

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