MEIA NOITE
É o meio, sem esteio
Semeio da noite . . .
Para amanhecer
O comêço do dia . . .
Em dia, no dia, adia
A madrugada fria,
Para um outro início
De dia . . .
Na luz fiel, que chega
E vem e atrai em seus
Primeiros raios de sol
Que na manhã, irradiam
Brilho, e tecem nova energia,
Vibração, alegria !
Meio dia, bate o ponto
Do almoço na calçada,
O trabalhador descansa
Do cansaço e devora a
Marmita fria, que ficou
Vazia numa só nostalgia
De esperar o que não conhece
E até esquece de sonhar . . .
Que sem pensar não pode ficar
Nem reconhecer que erros
Cometeu sem desesperar,
No desassossego de atropelar
Na entrada do trem . . .
No início da noite também
Seis da tarde entardece,
E cresce a lua no céu,
Que tem a nuvem, por véu
E esqueceu seu papel,
De luz fraca, fria, cruel,
Que ora embala o sono
Do homem real, banal
Servidor de si próprio
Que nada vê e nada descobre
Na escuridão da então MEIA NOITE
Meia lua, meia vida . . .
Vivida, em vão . . .
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