quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ABRIGO . . .

Abrigar . . . vestir
Revestir o coração,
Não com a couraça
Da emoção, que amordaça
E entristece . . .

Porém . . . não enriquece,
Nem aquece . . .
Esquece . . . esfria-o num canto,
Encostado, encurralado, e ele
Fica, coitado ! Fica açoitado . . .
Na ilusão de estar feliz !

Estado efêmero, passageiro . . .
Finge rir, brincar, decontraír,
Mais contrariado e constrangido
Do que nunca, tenta fugir . . .
Da treva que assusta !
Que mata o perdão . . .
Inferniza a Paz ! . . .

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