sexta-feira, 22 de outubro de 2010

ANTIGO TROVADOR

A alma valente de um trovador antigo,
Amigo, de mim se aproxima , nesta manhã
De outono, e abriga meu coração carente
E meu corpo sem perdão, que perdeu a ilusão
De ser amado . . .

Nesse recinto, restrito, afogado, abafado,
Em sombras de solidão, se perde na penumbra
E grita por socorro, e por não deixar-se morrer
Por completo, ao abandono de si próprio,
Tece tramas em versos de canções, para eternizarem
Seu sofrimento em bocas cantantes, ardentes . . .
Ao luar em palcos na doçura do prazer
De ouvir essa poesia exaltada em melodia
Sempre à noite ou final do dia abrilhantar . . .
Corações apaixonados, na vibração com a harmonia
Dos acordes que combinam, e se afinam às ilusões
Dos amantes, das carícias envolventes amenizar
Contemporizar qualquer dor descontente que possa
Aproximar . . .

Trovador amigo . . . Antigo !


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