quarta-feira, 27 de maio de 2009

PRANTO

De um presente passado
De um passado presente
Mau passado, não ultrapassado
Mal passado, descompassado ,
Descompensado . . .

Sofrimento traz ,
Revolve, mas não resolve
A trama, nem destrava a trava
E na garganta , atravanca . . .

Contrai , destrói , retrai ,
Sobressai ao que não quer
Falar, para distensionar,
Chorar, não calar nem tentar
Ignorar . . .

Pranto, pressão, em depressão
De tanto calar, sem dizer . . .
Desabafar . . .

É dia, é hora de não mais guardar
Nada de mágoa, chorar com água
Nos olhos derramar da alma profunda
Lavar dessa distancia a imunda pretensão
De não chorar . . . Pranto é tanto . . .
O quanto ! ! ! É muito . . .

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