DESEJO II
Fonte avassaladora
Da paixão
Controvérsia do amor
Inverso do verso
Da paz, ele inflama
Proclama apraz
Exalta o apenas prazer
A volúpia , e embala
Em luxúria, para presente:
O capricho . . .
Enganoso , camuflado ,
Fantasiado de amor
A todo vapor, percorre
Alcovas infindas, de prazeres
Temporários, ilusórios . . .
Desperta horizontes inquietos,
Tira o sono , o apetite ,
Gera ansiedade , até colite
Ah ! Desejo , será que vale a pena
Embarcar e pegar carona
Em seus braços , sedutores ,
Arrasadores ! . . .
Será vão teu consolo
De entrar nesse rolo
E se enrolar em seu manto
Secreto , indiscreto , revolto ?
Responder a essa direta
Questão , poderá trazer
Desilusão . . .
Decepção . . .
Desejo . . . algo que acaba
Como começa , finda ,
Provoca pranto e ainda
Leva fama de bem . . .
É enganoso, é frio ,
Em forma de quente , latente . . .
Vazio, parece que preenche ,
E derepente , some , desaparece ,
Maltrata , nada acresce . . .
E entontece . . . abandona . . .
Desejo é profano ,
Engano sutil , febril . . .
Como doença que pode
Sufocar . . .
Arruinar . . .
Desejo ! Não é amor !
Capricho da derrota
Do perdedor . . .
Que pensa, que é amor . . .
E cai nas malhas da dor
Atroz ! Conquistador . . .
Desejo . . .
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