ESTAR . . .
Saudável, é estar feliz . . .Neste mundo impregnadoDe penas, dores, doençasDe mil cores, estar bem, éDádiva, é prêmio do SenhorQue todas as manhãs, nos brindaNos alegra com sol, ou com chuva,Que benvinda, limpa, lava, transportaE deixa novo cheiro de delícia, de limpezaNo ar ! Estar bem, voar em pensamento,No deleite do agradecimento, de ter pessoasAo nosso lado, que mostram afeto . . . ternuraEstar feliz, por ter . . . pessoas amigas, amor!Enfim !
VIVER PARA VIVER
Aclamar a vida em toda chegada,E a cada partida, sem chorar despedidaSer sensato, aceitar . . .É como o curso de um rio, intermitenteA correr, ou saltar sobre pedras . . .De tamanhos diversos, sem arrefecer . . .É assim que somos e seremos sempreParte desse rio de águas claras, ou turvasQuando surge a tempestade da partidaQue parece definida, porém, nunca Definitiva nesse movimento coerente,Diferente, no momento presente,Vivê-lo, intenso, fremente . . .Viver por viver, é desfrutar cada sementeDe futuro e ser crente, é anunciar contenteChegadas e manhãs a crescer e acrescer melodiasEm entoar "Bom Dia!", em bom tom de alegria !Viver para viver por um viver . . . melhor,Sempre !
COMPULSÃO
Impulso, ilusão, convulsãoDo ser, que doente, nem senteQue atormenta e fomenta,O desprazer . . .Nada o satisfaz, nem o torna capaz,Nada lhe desperta vontade ou alegria,De viver . . .Sofre no inferno que criou para si,Acusa seu próximo e o culpa pelaSua infelicidade, que corrosiva,O arrebata e o conduz à extremaAventura da descida ao abismoDe si, enterra sua alma e sem calma,Fere, atormenta e morre e se mataNa desventura do suicídio que crê,O libertará dessa estória, que é suaPrópria vida, subdesenvolvida,Infeliz, e assim continuará naEternidade de seus dias , sem fim . . .Pobre ! compulsão, erosão da felicidade . . .
PROCURA
Sincera de novos horizontesNesta clara manhã, quaseFinal de mais um mês de fevereiroQue passou lampeiro, como a escolaO cordão, o bloco, o carnaval, enfim !Renovemos nossas forças,Desvencilhemo-nos de pesos antigosEnxerguemos um Março limpo,Novo e poderoso que chegue e sejaBem recebido !Venha ! Março com suas águasColoridas que limpam, alegram!Como a canção . . ."águas de março"Poeticamente "fechando o verão".Verão !. . .
NECESSÁRIO
Se faz sorrirSe faz agradecerSe faz ser cortêsSe faz ser amigoSe faz ser sinceroSe faz ser toleranteSe faz ser espontaneo Necessário se faz, ser útil,Portanto. . . necessário . . .
GLÓRIA !
Momento único !Vencer algo ou ultrapassarUm limite, de alguma dificuldadeLatente, que se torna insistente . . .É estar em paz, na paz do larA ninguém atormentar, e . . .Estar, livre e feliz !Sem impedimentos, ou . . .Enroscos, que só atrapalhamE arranham o coraçãoNessa evolução dos anosEm nossa vida, o que nosVale é essa . . . glória . . .De estar . . . em paz !
AMIZADE II
Valor, vida, alegriaTrês palavras relacionadasA essa dádiva que comoJóia presenteia nossa vida,AmizadeSincera, que não sejaIlusão, quimeraSimples afeição do coraçãoAmizadeLiberta, faz relatarTristezas ou alegriasDesabafar, desamarrarSoluções de amargurasQue ficaram , depositadasNa profundidade e incomodamFazem chorar . . .AmizadeOmbro amigo, soluço antigoSempre a nos presentearCom o sorriso de amigo,Apôio, abrigo . . .Amizade . . .
DOMINGO ESPECIAL
Carnaval ! As ruas tomadasPor pessoas, no contágio daAnimação, da dança, da cançãoDo batuque evolução . . . Na palma da mão, no cordãoO samba, a tradição na estoriaDo enredo canção !A fé na escola, sagrada glóriaDessa aventura de ganhar ou perderPorém, sempre jogar, sem arrefecer,Essa garra, que amarra o coraçãoDessa gente que trabalha e contenteExtravaza a emoção latente, nesseConjunto irreverente de alegorias,Fantasias, ilusões . . . e passa. . . mais Mais um bloco, passa e vai passar . . . sempre !No Domingo Especial ! É Carnaval !
SENSAÇÃO
De vazio, melancólico,Agonizante sentimentoQue se vai e escorre, comoDesperdício de um líquidoViscoso que não termina,Não acaba, não cessa de jorrar . . .Da ferida que ficou, parouNo tempo, não sarou, piorouInflamou, e sangra sem pararNão cessa de jorrar . . .Quisera implorar sem mais mágoaTeu perdão e sem lágrimas,Dizer : perdoa, esquece o mal,Eleva o bem, de sentir amor,Que preenche o coração alegreSensação . . . reverte a situação !Ah! Sensação . . .
MANHÃ
Tempo mais rápido do diaPorém, cálido, companheiro,Feliz !Toda manhã traz novos fluídos,E pensamentos de coisas novasA realizar . . .É luminosa, como na cançãoÉ proveitosa, como na união,No café, em família . . .É cheirosa com ares de floresQue desabrocham suas cores,E odores de frescor !Manhã, te amo, livre, poderosaDiretiva de labores, e rumoresNo movimento febril, rebuscadorDo viver ! Manhã . . .
SOLIDÃO ?
Não existe, na almaDe um poeta, aindaQue triste . . .Ele se encanta, se consolaSe acompanha de sua poesia,Palavra suave, amiga, companheira,Na noite que perfuma o diaE anuncia mais uma aurora,Em novas cores, e novos sabores . . .Belos dias irão e sempre virãoE estarão novamente presentesNesse movimento intermitente,Latente, da vida que dá vidaA tudo e a todos que nos cercamE nos fazem perceber . . . e aprenderCada vez mais, a agradecer . . . Obrigada ! Obrigada !
RABISCO
Risco no espaço brancoDo papel, como anelAliança com o escritorO tradutor, o professor,Doutor . . .Tomar todo o brancoDa mente, do ser,Desembaraçar, para aventurarE escrever, traduzir, transportarPara a palavra, o dom, do som . . .De falar, ou cantar . . . e amar . . .Sentimento !Nesse risco, rabisco, letraAssim chamada, tão bemAmada, por homens destemidos,Encorajadores, escritores de forçaIniciativa, produtores criativosE doadores de mais paz e afeto. . .No mundo . . .
IDÉIA
Lapso rápido da menteVai, e vem, súbita,De repente, acende O desejo de realizar . . .Ela é fundamentalÀ mente sã, desejosa,De aprender, crescer,Agir sem demora na buscaDo agora, do sempre, do amanhãImpulso no pulsar da vidaQue eleva e releva para continuarA luta diária, externa e interna,De todos nós, à procura de proporcionar,À nossa volta, sempre mais criatividadeE bem estar . . .Na idéia, revolucionar, acrescentar,A novidade, o reiniciar : idéia !
FORTE DESEJO
Latente, intermitenteFrenético de estar, emOutro lugarA pensar, a passarDesfrutar naturezaNo compasso, na belezaDe olhar, esse lugar . . .Como será ?Quando ? E onde estará ?No momento exato, de láChegar e viver . . . esse outroLugar, forte desejo devagarE divagar em outro . . . lugar . . .
MEMÓRIA . . .MISTÉRIO!
Do homem, insondável capacidadeDo armazenar, focos, fatos ,fotosImagens ! ! !Rapidez de um raio de pensamento!Quem poderá traçá-lo ?Que máquina, por mais modernaPoderá decifrá-lo ?Cérebro humano, obra primaDo Criador, espalha eternamenteO mistério a desvendar da grandeCriação, à qual o homem, pobreCientista pretenso egoísta . . .Se engrandece em continua lutaPara desvendar e descobrir . . .A memória do mistério cérebroDo pensamento humano ! Memória . . . Mistério . . .. . . Do Eterno . . .
. . .POETAR . . .POETANDO . . .
Um mar de sensibilidade,Se esconde em mim . . .Entre espumas brancas,Verdes, oscilantes, abrangentesProfundas, águas correntes,Coerentes, quentes, em tonsCintilantes do sol que ora chegaE borda brilhos, nessas águasMistérios insondáveis . . .Em profundidades grandiosas,Ocultas, formosas cachoeiras . . .Cadeias precisas de montanhas,Ruídos da natureza que se fazAutora, atuante , sagaz . . .Em vitórias sobre humanasQuando manifesta a forçaDe seu poder e beleza . . .Pureza de palavras ao descrevê-laQue ora me atrevo a bradarEm temas que surgem vigorososEm memórias de antigas ,Folclóricas canções, imortalizadasNo tempo e no espaço, do poetarDe poetas . . . poetando. . . poetando
ARREPENDIMENTO
Dor no peito, amargorDesencanto, espécie de 'poda'Emocional que aconteceAo longo da vida, essa estradaAtribulada, comprida . . .Nó na garganta e o chôro incontidoQue brota no fundo da alma e acalmaA angústia dessa distância que se instalaEntre a emoção e a consciência de desabarOu não, de contestar a si mesmo e perguntar:Por que ? E a resposta : arrependimentoSurge num luminoso vermelho, piscando . . .E percebe-se o quanto foi errônea a açãoPorém, trouxe o alívio , de conhecer, o perdão !Arrependimento . . .
FEVEREIRO
Primeiro, nasce hoje o mêsSegundo do ano que novoAinda cresce, e promete vitória!O início de um mês, nos fazRefletir e renovar, reavaliar,Idéias de ser feliz !Curto, porém ,preciso, decisivoSerá mais um carnaval . . .Que crescerá nas ruas, no canto,Na dança, lembrança herança,Da miscigenação , povos em reuniãoPé no chão, emoção, enfim !Carnaval . . .