MOMENTO SEMPRE ÚNICO
É o grande mistério do viverNada se repete, tudo se renova,E cada ,instante nunca é igual,Sempre muda, sempre refleteMovimenta, transporta, translada . . .Transmite novidade, diferentesEncontros, moradas . . .Fisionomias . . . propostas, expostasOu não, ao vento, à ilusão . . .Essa é a riqueza de viver, do viver . . .A transmutação do momento sempreÚnico . . .
TEMPESTADE
Fúria da NaturezaNa grandeza e realezaDe se defender , dos incautosHomens que sem parar a agridemE matam, na ânsia de poder, do poderEconômico avassalador, que trai, desespera,Castra e mata . . .TempestadeAlastra, revolve, destroça moradias,Lares, sufoca pudores, desdobradoresDescobre mais e mais temores, tragédias . . .TempestadeEntontece, fere, mata, arrefece por instantesA vontade de viver, reconstruir, recomeçarTempestadeDevastadora, porém . . . estimuladoraDo recomêço . . . da uniãoDo auxílio ao irmão !
INÍCIO DE DIA !
Alegria ! Alegria !Um novo sol irradiaBelezas fartas, neste diaJá veio de há muito anunciar . . .Quebra a onda, cresce o marCanta o pássaro a rodearSua flor querida a beijarE o homem o que não seráSenão esse pássaro a elogiarA amada em toda a canção?E agradecer a cada oraçãoEssa dádiva do amor em siTransformar em carinho . . .E amar . . .Reconhecer . . .Exaltar essa imensa belezaDo dia que ora se despedeEm cores fulgurantes, nesse adeusNo claro e escuro que anoiteceE se vai . . .Decresce . . .Mais. . . um . . . dia . . .Reconhece ! Oh ! HomemA pequenhez de si Perante essa grandezaDivina . . .do pôr do Sol !
UM PISTON SOLITÁRIO . . .
Na noite, um amorEsquecido na penumbra,Um chapéu jogado na cadeiraUm som de anos sessenta no cdDo computador . . .A noite chuvosa de janeiro,Solidão que habita junto, e mora,E grita ! Faça algo ! Não me deixe morrer !Curioso ! Sabe o que era ?A lembrança, de um velho, intenso e loucoAmor ! Que sobrou ao esbarrar nessa mesmaPrateleira de arquivos antigos, registros . . .De amores sãos de outrora . . .Admiráveis, impossíveis, e impassíveisPara conter em um único coração . . .Hum! Que engraçada coincidência,Nada vã, providência da memória,Aclarada pela luz da lua, na madrugadaAo fazer vir à tona, como emboscada . . .Ah! Aquele amor, como um saxofoneAgora mais ofensivo, me afronta ,Na nova melodia . . .A próxima canção do mesmo CD ,"Moon Light Serenade " !
A VOLTA DE UM AMIGO . . .
É uma resposta,Um retorno ao mundoE em um segundoUma proposta de amor !A volta de um amigo,É um peito é um portoAntigo que espera um navioSaudoso navegar de novo,Águas claras e profundas,transparentes e férteis . . .De novas esperanças !Esse abrigo, esse cheiro De amigo, como é bom !Esse abraço, ora antigoSe faz novo em outro tom !A volta de um amigo . . .Que retorno . . . bom !