CHEIRO
De manhã invade o diaNesta primavera frenéticaDe emoções por vir e acercar-sePara fazer sorrir mais !Cheiro, aroma de festa já rondaOs arredores, nessa imensa busca De amor que assola os coraçõesNessa proximidade das festas,Da festa de festejar a partida . . .Mais um ano se fecha e se cumpreE se vai levando a graça e a desgraça,A febre e a ternura, a doença, a agrura . . .A ventura dessa grande aventura de viver . . .Cheiro , de assado, de promessa ,prenúncioDe futuro . . . ano . . . mais feliz !Cheiro . . . de amor de Natal, de peru,de família,De abraço sem descaso, de prazer, de brinde ,Memorável que se repete . . .Cheiro, de férias, descanso, lazerCheiro, de nada. . . para fazer . . .
PARA QUEM NÃO SE ESQUECE . . .
Da Suprema Sabedoria,A prece, a oração ,A qualquer revelia ,trazDe volta a alegria . . .O poder de estar na pazContrita do coração secretoE discreto , na gratidão . . .Para quem não se esqueceNunca do perdão !
RESGATAR
A mácula, a mágoa, a traiçãoPerdoar, e limpar o corpo, A alma, o coração ! Lavar . . .Lavar . . .Como a água do banho,Nos lava todas as manhãs . . .Não se importar com a ingratidãoE pedir esse perdão . . .Dentro da compreensão, do bem estarNa profundeza da alma e do coraçãoCurado, limpo de toda e qualquerImperfeição ! Resgatar . . .
LEMBRANÇAS . . .
Vívidas na mente, acalmamOs dias e estimulam esse presenteQue é o presente,em cada palavraOu afeto que demonstramos . . .A sutileza dessa palavra, desseSentir aquela saudade que bateNo coração como uma onda na rochaE sacode a gente que não é rocha . . .Nem é de pedra . . .mas às vezesTem que demonstrar dureza tal !Para continuar a sorrir e a viver,Ressaltar esses momentos dessasTão queridas lembranças, que outroraForam presente e agora são passado . . .Porém, ainda vivem nas lembranças . . .E sempre serão eternas . . . lembranças !
TEMPO . . .
Segredo do mundo e da vidaBreve ou longo, sempre presenteSua vontade é perfeita, soberanaVerdadeira . . .Não falha, não se esquece,Não lamenta e cresce . . . aumentaOs tamanhos das forças da naturezaEmbeleza as criaturas, desenvolve-asDando força e sabedoria . . .a seu tempo!Tempo és a um só tempo . . . grandezaMagnitude . . . tempo . . .
LUZ
Que traduz um sonho diáfanoDe nunca despertar sem paz . . .Sempre aproveitar! Glorificar,A imensa dádiva de viver . . .No passo a passo da lida,Contar com alegria, os minutosA passar de cada dia . . .Toda manhã inicía novo prenúncioDe algo inusitado, novidade boa,Que ensina a crescer e a quererSaber, a descobrir e sondarPromessas vívidas de cores novasE tons mais luminosos a estrear ,Latentes e contentes a chegar . . .Nessa luz e a permanecer . . . Para clarear . . . clarear . . .
PERTO
Do amor, no silêncio desta manhã,A expectativa do dia, que se inicíaE a princípio parece ser igual,A todos os outros e a tantos outros . . .Porém, se observarmos com atençãoPerceberemos que difere, nada é igualNunca. . .Todo o tempo é único, diferente do milésimoDe segundo anterior, quando digo, perto ,Quero dizer, próxima deste amor pelo tempo,Mistério da vida . . . e da morte . . . Perto de ser melhor, e grata a cada início,A cada gota de água, cada palavra, cada alimento,E perceber, detalhadamente o quanto O Pai CelestialOlha por nós e nos presenteia com essa proteção . . .Infinita ! Sempre . . . perto !
LONGE . . .
Longe . . . no infinito desconhecidoReside o sentimento . . .Grande mistério no coração humanoLendas, estórias, narrativas o louvaramAtravés dos anos, por todos os cantos Da terra , do Universo, sem fim !Como encontrá-lo despojado, sem amarras,Ou grilhões de ressentimento ?Haverá algum estado de graça, Que proporcione indefinidamenteEssa paz tão almejada ?Uma humanidade rica de interior puro,Calmo , altruísta, benevolente . . .Onde estará ? Longe ainda. . .Aguardemos, que se aproximeEsse tempo, sem lutas ou discórdias,De liberdade verdadeira, clara, unaEm crença, propósitos, planos . . .Que não esteja mais . . . tão longe . . . !
QUISERA . . .
Que as nuvens fossem mais clarasSem carregamento de água . . .Como mágoa . . . a derramar . . .Quisera . . . que os homens,Mais amassem, que brigassem,E conflitassem, causando dor ,E discórdia . . .Quisera . . .caminhar a desfrutarDa natureza branda e feliz brindarAo calor do sol o canto mavioso ,De muitos pássaros !Quisera . . . fugir desta gaiola , Que aprisiona a alma, e sutil, Aparece em meu dia a dia imposta . . .Por algo ou alguém que desconheço,Quisera . . .Ir além do sonho, quimera derradeiraDa paz interior , enfim conquistada ,Por todos os povos. . . da terra !
EMOCIONAR . . .
Até chorar, sem desencantarDa vida nem machucar, mais !Nunca deixar de sentir prazer,Alegria de viver, ao ouvir cançõesE relembrar, sem pesar, apenas amarA cada nota, cada canto, em todo lugarQue ouvir e sentir esse privilégio . . .Que é demais e ademais, em cada melodiaMoradia de sentimento diferente, a cadaNota uma sensação de paz, na harmoniaDessas canções, como orações, para abrandarO dia, em uníssono com o coração do poeta ,Em manhã discreta, desbravar a alma, paraAcalmar e cantar . . . cantar . . .Para . . . emocionar !
INTERVALO
De natureza na manhãDo feriado que borda oraçõesDe dia Santo de guarda , emGuarda, no silencio da preceMisteriosa . . . atento, o fielOra. . . e ora . . .Agradece, nessa prece Todos os dias e todas as horas,De momento, de sentimento,Das lágrimas, e do riso, alentoDe todas as mágoas esquecidasJogadas ao vento nesse momentoMovimento único a chegar . . .E a alcançar os céus, o infinito . . .Nesse . . . pequeno . . .Intervalo
INFINITO . . .
Chama o olhar, chama o lugarPara estar perto de conhecer,Liberar toda a chama que tece,Abriga, aquece promessas ,Ao luar, em beijos e afagosDe verão, nova estação . . .Na derrocada final de maisUm drama que não foi fatalApenas circunstância de uma vidaQue já sobrevivida estava apenasPor alcançar . . .O infinito ! . . .
INFINITA NOSTALGIA
Me invade neste dia,Sem perspectiva de ao menosAlguns momentos felizes . . .Sentimento amplo, querendoAbranger planícies sem fimCercado porém, com amarrasQue imaginárias ferem e matamO coração com . . .Infinita nostalgia . . .
QUIMERA . . .
Sonho, nunca vão,Apenas . . . esperaEm qualquer tempoOu lugar . . .Quem não sonha, não viveNão está, não é nada . . .Nem marca presençaE otimismo, sofre demaisPorque não crê, não buscaDesconhece qualquer verdadeDe qualquer sonho que se tornaRealidade ! ! !