UM DOMINGO DE AGOSTO . . .
Alegro-me neste dia,Quão feliz, estarei, ao abraçarMeu neto, e ver, seu doce, terno sorriso !Essa força, abrandará em meu coraçãoQualquer resíduo de tristeza, que possaLá querer, sequer , manifestar-se . . .
A HONRA E A GLÓRIA
Da humanidade enfeitamComo louros a cabeça deQuem a possui . . .Ser o mais humilde, o faráReinar, por todo o sempre . . .Saber-se humilde, é como crer,Acreditar, conhecer a verdadeiraGlória do ser . . .
ILUSÃO
Devaneio da mente humanaDivagar como no sonhoNo mais profundo mistérioQue emana e cresce, e assola . . .E perturba a cabeça, numa Agonia, que distorce, arrebata,E vira pesadelo . . .Ilusão da mente, até ondePode ir essa magia ?Quem pode segurar, esseTurbilhão, de nostalgiaOu mesmo, alegria, euforia . . .Que nos invade, e para o qualNão temos sabedoria, nem conhecimentoDe sanar e . . . controlar ?Somente, algo superior, vindo de esferasInsondáveis, poderá solucionar e estabelecerNovamente a ordem e a harmonia desse conjunto,Desse enigma que é ! A mente . . . humana . . .
Murmúrio de Vozes . . .
Ouço na madrugada . . .E me assustam, me arrebatamE conduzem minha mente, ao vazio . . .São estranhas, como conversasExcusas, abusivas, e não agradamFujo delas e busco à minha voltaNesse sonho, algo bom, que possaSer útil, proveitoso, e ensine . . .E faça crescer, em mim, algumaSabedoria, ainda que bem tardiaSerá, mais do que, bem vinda !
VIBRAÇÃO
Da palavra forte, amiga, Que abraça o coração,E cresce no sentimento,Na afeição !Essa maré da forçaQue nos comove e nos arrastaPara pedir perdão e tambémPara aprender a perdoar . . .É a válvula propulsoraDa vida nessa luta, do bem contraO mal, elevemos nosso pensamentoE vibremos, no uníssonoDo canto fortuito pela paz ,No globo terrestre, sem mais armasAgressivas e forças contrárias,Que trazem a dor e a escuridão!Vibração ! Na claridade, opostaA essa obscuridade que tanto reinou,E tornou vã , a estória humana . . .E já se esvai, e ora declina e cai . . .E cai . . .Vibração !
HÁ DIAS . . .
Que temos ânimo, Coragem . . .Há dias . . .Que, bobagem,Vemos que nada somosSem a vontade, sem o desejoDe fazer, de continuarHá dias . . .De um desejo enorme,De querer voltar ao passadoE consertar . . .Há dias . . .Que uma saudade imensaIsola e extravaza,De nossos corações !Há dias . . . Que não te vejo,Que não te falo, que te amo !Há dias . . .
TRANSPASSA . . .
Meu coração, e até transgrideA emoção, e repassa, num compassoÚnico da canção, que me abraça!No sábado, da manhã fria, ouçoTua voz . . . que me chama e reclamaA presença, calma, sutil, cálida e doceNa espera do afeto que vem . . . solto,Claro . . .Ele vem, porém, inesperado,Como um presente surpresa . . .Que chega, pára , depois , cresce,Aumenta se avoluma e permanece . . .Transpassa, transgride todas as regrasDo coração, meu coração . . .Transpassa . . . e ultrapassa . . .
SUSPIRO . . .
Ânsia de amar,Desespêro de esperar,A sussurrar, sem dizer,Sem chorar . . .Aquietar o coraçãoNa palavra fértil,No horizonte claro, raroEm beleza ímpar,Na tarde fria, mas coloridaPelo sol, que se vai, se perde,Nesse final de dia que se acaba,E suspira . . .O suspiro derradeiroDo clarão que desce . . . decresce . . .E, ao encontro da noite, volto euA suspirar . . .de amor, pelo amorQue me abraça cálido, forte, poderoso!E suspiro! Num respiro, de delírio . . .De amor !Suspiro . . .
CONFIANÇA
De pai, é abraço,Afeto poderoso, fértilGostoso . . .Colo grande, abertoSaboroso . . .Em horas da infância,Segurança, abrigo . . .Em conselhos, na adolescenciaDespertar para a conscienciaDo bem, que é bom !E do mal , que é mau . . .Pai,Figura presente,Sempre onde estiverEstará . . .Pai ! ! !