TESTAR
A tolerância, a compreensão,A cortesia, o bom humor,Recomeçar, examinar. . .A consciência, rever valoresAntigos, pesar, balancearNão mais contornar situaçõesEnfrentá-las, encarar, saberPorque está nelas . . .É consequência, não é causa !Devemos saber discernir,Nunca julgar, aguardar . . .Pois o reconhecimento viráPor algum caminho . . .Como mérito na devida proporçãoPara cada um . . .
IMAGEM
Distante, me seduz no palcoDe inconstante ilusão, irremediávelBusca na solidão, deste lugar incrível,Porém aprazível paisagem :Cheia de beleza, riquezas naturaisAfluem e crescem folhagens sobreMontanhas gigantescas que aquecemCom sua majestade e merecem olharesDe admiração e gratidão . . .Por enxergá-las, mérito estar aquiE sentir esse perfume de mato,Delícia de floradas manacás,Quaresmeiras da temporada,Estação, verão, carnaval !Utopia da ilusão, viagemPovo palhaço a cantar, melodiasDe luar, a alegria a esbanjar . . .Nessa euforia : imagem !
POESIA NA PRAIA . . .
Poema : à flor da peleFlutua em horizontes novos,Aplacando forças contrárias,Natureza fértil, mar, movimento,Montanha, monumento !Formam a tríade do perdãoDo amor, da misericórdiaInfinita que demarcará todosOs confins inimagináveis daMagnitude poderosa, o domínioMajestoso do Criador ! Universo . . .Poesia na Praia . . .Quem não deseja esse prazer,Esse lazer, oportuno, vivaz!É abraço de paz, é ternuraCálida de verão, é amor no coraçãoJá cansado de sofrer solidão,Abandonado às intempéries Da natureza, que em sua nobrezaDescortina um por de sol suntuoso,Que anuncia a festa do anoitecer . . .Poesia na praia . . . amanhecer !
VENTO NO VERDE
Verde no vento, aproximaDa alma, na calma do céu,Véu da ternura ,misto de venturaNuvem amiga, da glória de ser,Em poder caminhar só sem amarras,Nem grilhões, vencer pavilhões,De ilusões, ultrapassar barreirasDe intenções excusas, sem padrões,Que querem nos acuar e aprisionar. . .Vento, no verde livre, içai as bandeirasDa nossa paz interior, comemoremosCom firmeza essa realeza de apreciarAgradecer e estar presente no ventoNo verde da esperança que alcançaE alcançará a glória do bem viver !
ABRIGO
De um peito amigoSuave, querido, embriagadorEstilo de vida, ter essa guarida,Ser um vencedor !Contar com esse amor . . .Sem dor, apôio, afeto,Que nada exige, nada obriga,Nada impõe . . .Amor, abrigo, amigo . . .Onde estará ? Será antigo?Inovador abrigo, e senhor . . .
SUTIL . . .
Como o vento na folhagemBela imagem que seduzDe natureza e conduzAo refletir, rememorar . . .Dar asas à imaginaçãoVelha expressão, porémSedutora, sensação . . .A repensar na ilusãoQue passou, e levou consigoA idéia de um sonho, queRevolve a vida, tumultuando-aSonho ! Me alegra essa sutilVantagem que nada cobraNessa viagem, e habita, emNossa casa e nos acompanhaTodas as noites, no sono. . . feliz!
RELEMBRAR . . .
Relembrança, relembrar . . .como coisa de criançaa embalar no sonho,sono da poesia, o encantodo viver, de viver essa calma,calmaria que irradia o verso novoquando aparece, ressurge, enriquecee . . . até , entontece . . .nossa mente que turva na curva da estradada solidão é solitária estrela, brilho e uniãoprazenteira que envolve uma vida inteira,de trabalho e emoção verdadeira, na simplicidadedas pequenas coisas de todo dia, no dia a dia . . .. . . Relembrar . . .
DESALENTO
Amargor , agruraDo desatento, perdedorFalso jogador na vida,No jogo do destino, Falsificador de idéias,De projetos, de sonhos . . . Não revive, porque nuncaViveu de verdade, nãoAma, porque nunca foi amadoE nem sequer apresentadoA essa dádiva . . . o amor . . .Desalento, desatento,O perdedor . . .
ENCONTRO . . .
Um encanto,Num canto, encantadoDo planeta, reflorir . . .Replantado, ou transplantadoNão importa . . .Transferir, sem transgredirRegras, ou não, que impostasPareceriam respostas a infidelidadesImbecis já ultrapassadas . . .Esse encontro já previstoPré datado nas estrelas,Já cresce, já conquista, resplandesceTranscende, o coração e aquece . . .Tece tramas mil, de querer fazerVersos, correr, a colhêr flores,De todos os jardins, até os confinsDa terra plantada, que encerraNo romance toda a sua guerra,E traz a paz a qualquer raça,Em qualquer graça, horizonteFebril, constante e sutil, nessePrazer do olhar, que ora juvenilVoltou a ser criança . . . nessa dançaDe passado, no presente sem futuroPertinente . . .Nesse . . . encontro . . .Latente !
A ENTÃO. . . TRANSFORMAÇÃO . . .
Transformei em poesiaA minha dor ; em amor,Minha nostalgia, meu temorEm alegria, meu pesar , emLiberdade, minha agonia,Em pudor , meu afeto ,Transformei . . .Em lema, meu perdão,Em calma, meu infortúnio . . .E em compaixão : minha vida !Ah ! A então . . . transformação . . .
ESQUECER . . .
Apagar a estória de uma vidaDa memória, difícil tarefa . . .A enfrentarReconhecer que não se podeApagá-la , e muito menosRevivê-la !Ter a alegria, o contentamentoInterior de haver sentidoNa pele esse sentimento soberano,Avassalador, o amor, a brotar,Como o suor natural e alegrementeEspontaneo . . .Sem pudor, com um fervorJovem, devorador . . .Maravilhoso, o amor !Como? Esquecer . . .
CRIAR
Criar é um renovar constanteÉ um ato inebriante de amorA qualquer prova . . .Faz rir, faz chorar, faz abrandarqualquer mágoa escondida,qualquer ferida . . .Ou proposta ressentidaDe falta de compreensãoOu raiva momentânea,Produto da paixão, exagêroOu comoção !Criar . . .exalar novos perfumesde novas cores de floresEm manhã renovada de solBrilhante, lenitivo constanteCriar . . .cantar canções febrisde amor em noitadasbordadas de luz de luar,de sertão . . . privilégio de poucos !Criar . . .Amar a cada momentoMesmo de dor, evoluçãoDe ser mais amor a cada dia !Criar . . .capacidade incontidade viver essa vidapara proporcionara arte contida na palavra . . .pronunciada na emoção,no prazer, de . . . criar . . .desenvolver . . . enriquecer . . .olhos, ouvidos na arte de . . .CRIAR !
O Ébano Deus da Dança . . .
Realmente, ídolo, vanguarda,na dança, fenômeno !Marcou um novo tempo, na coreografiamundial, de cena, de palco, de jogo de corpo,de tudo na arte cênica : dança!Michael Negro . . .Belo exótico príncipe do palcoDa dança, da arte, da magnitudedo movimento coordenado,Simétrico, sutil, espontâneo . . .Quem ousaria pensar,Que meramente uma tonalidadeDe pele pudesse interferir,Na genialidade de sua arte . . .Rico desafio irreverente,Em seus passos rápidosE coordenados sempre . . .Atento, magnifico no ritmo,Na voz, no talento, gênioDa dança e da música !
HORIZONTE
Linha reta que se descortinaÀ nossa frente, como umNovo dia por viver . . .O que trará este diaNostalgia ou alegriaDisposição ou recolhimentoDa ação que é sofrimento ?Toda a ação que se tolheSe corta algo como impedindo De crescer, de ir adiante . . .Vivamos em liberdade,Sem pensar em nadaQue impeça nossa lutaNessa caminhada que éA verticalidade, a energiaDe viver ! De alegrar! De repartir !Dando o melhor de nós, sempre!Em toda hora em todo o tempoE lugar !
META
Desenhá-la na mente,Porém, concretaBuscar, executar . . .Não ser descrente, a desonrarEsse pensamento frementeQue surgiu, irreverente . . .MetaTocar pr'a frente, à açãoTornar presente, no dia a diaA posição firme de conseguirAceitar e ultrapassar a dificuldadeSeja qual for . . .Que se apresentarMeta Segui-la, buscá-la como algoÚtil, sério, verdadeiro bem,Na profundidade de seu ser . . .Conseguir entendê-la, Engrandecer sua importânciaMeta . . .Motivo de vida !
IMPORTANTE
É sorriso, é afeto, é perdão,É amor, é religião,é diretiva,Meta . . .O restante, e insignificante:É a ira, o ciúme, o desamor,A revolta, sem volta . . .O rancor, a languidez, A preguiça . . .ImportanteÉ estar em paz, em todoO tempo, contra o ventoQue vier, ou a maré, da contra mãoDa vida, que nos deixa sem rumo,Na caminhada e sem chegada . . .A um local ameno, aprazível,Digno de ser e estar em harmoniaEm qualquer tempo e a qualquer horaDa noite . . . ou do dia . . .Importante
DUALIDADE
Bonança, esperançaCriatividade ambígua,Particular a todos os seres,Habita em nós, queiramosOu . . . não !Ora tristes, ora alegres,Vibramos no mesmo tomDas energias, vibraçõesQue emanamos constantesE permanentes . . .Aprendizado constanteE coerente à vida, sempreNascente e crescente,A nos presentear ! Nessa luta de vitóriaDo maior bem, que é . . .Viver !Viva ! A Dualidade!
AMIZADE
É apreço sem enderêço,Sem preço, com estóriaDe memória, reconhecimentoAmizadeÉ caminho de ternuraNa eterna procura dePoder ser feliz . . .Confidente de amor, aparenteOu recente promessa de futuro,Amizade,É duro perder . . .É grande ganhar !E sempre bom . . . esperar,Um amigo, chegar, em qualquerHora ou lugar . . .Festejar ! Amizade . . .Eternizar . . .
AFETO
Sentimento discretoEntre seres afinsCorreto, direto,Sem delongas, concretoSendo sentimento,Dir-se-ia invisível, impalpávelPorém manifesto, no gestoNa canção . . . de amor . . .Na lágrima da paixãoNo pranto incontidoDa solidão, dilema . . .De quem ama e refleteNessa chama que se chamaAmor e portanto compaixãoDe compreender . . . e . . .Verdadeiramente ser. . . amado . . .Afeto, compreensão , redobradoVirá, então desse ser, tão sonhado,Compartilhar, obedecer, concordarPara não mais . . . chorar !
INCONGRUÊNCIA
Desigualdade, incompatibilidadeAlgo assim, digamos totalmenteArbitrario, diferente . . .Será possível convívio aparente?Sem reservas, congruente algum dia?Só cedendo para entrar em harmonia . . .Nada se consegue na feiúra discrepanteNa frieza torturante da amargura,Relevar na ventura constante ,Do sorriso ameno, que espontaneoReconquista e faz retroceder,Qualquer criatura realista, de bom senso,Perceber o quanto é válido: apaziguar,Qualquer guerra que se faça, tantoExterna como interna . . .Nunca traz . . . felicidade . . .
MENTE
Que mente, é dispersaÉ doente, como correnteDe um rio já sem nascente,Como enchente que mata,Ressente, adoece, entristece . . .Mente recente, memóriaCarente, ausente , ressente . . .Então, mente e . . .sofre , sofre,Não compreende, não atinaNem sente, essa mente . . .Que mentiu a si própria !Está . . . doente !
" REIS MAGOS"
Mensageiros do Amor,Da humildade, generosidadeRespeito, afeição, zêloDedicação . . . União !Enxerguemos com olhar de ternuraEssa eterna brandura de gestoAcolhedor para receber o SalvadorE visitá-lo, sem temor, atravessando Léguas de terra sem fim !Vindos de vários cantos do mundoSimbolizando esse trio, visitaÀ Trindade da família DivindadesReunidas, a União dos homensNo planeta como povos irmãosQue somos e sempre seremos !
JOGO DE PALAVRAS
Não mais me seduzNem me apraz, apenas trazDesilusão, descrença, descomposturaFalsa ternura, indelicadeza,Agrura . . . desconfortoMal estar . . .O sentimento que ressente,Evoca e provoca essa insensatezEsse desejo de esquecer, de não viver,Esmorecer, estar cansada... enfadonha,Enfadada, desmaiada, a envelhecer,No êrmo da tarde chuvosa que começaA aparecer . . .Esquecer, ora, é tudo que quero . . .Esquecer de esquecer, também é . . .Esquecer ! Enterrar e afundar,Num mar de lama, lamaçal, paraQue não mais volte, nem suje, nemSurpreenda !Esquecer o esquecido passado,Tolhido, amarrado . . .Esquecer para libertar !Renascer ! ! !
. . .CULTO. . .
Janeiro, primeiro,Culto ! Alvissareiro!Ma ra vi lho so ! ! !Grande Comemoração !Festiva, Aniversário daComunidade, que Altiva!Ativa! Comemora . . .Rememora . . . Feliz !Em meu sono, ora sonho,Profundo, sei que estarei láInconsciente, contente, crente. . .Meu coração gritará, e desejaráMais . . . e mais . . .estar sempre lá . . .E para sempre ! ! !
SER ESCRITOR
Estar cego de amorE sem pudor, proclamarA glória de apaixonar-seA cada dia, pela escrita,Pela palavra . . .Aquela que traduz, a emoçãoDe um longo beijo sedutor . . .E expressa o desejo,Livre, de um amor,Aquele sentimento, oportunoQue brota e cresce e engrandeceNunca envelhece e amadurece . . .E floresce . . . mais e mais . . .Quanto mais distribuído éEm sorriso de gratidão,Em palavra de satisfaçãoEleva e empenha, O ser escritor ! Na sua tarefa:Escrever !
PALACIO
Visão, ou verdade ?De uma certa eternidade . . .Grandeza ímpar Incomparável, magistralNão há nada igual, ou semelhanteViajar, ir lá, encontrar-seNaquele local . . . nunca é um acasoSempre é um desígnio, ou uma permissão!Estar lá . . . é minha vontade . . .Terei quando, essa possibilidade?Oh ! Deus ! concedei-meEsta graça . . .Senão hoje . . . que já passou . . .Amanhã . . . regional ? !