PENSAMENTO
Fluxo perfeito, profundo Mundo aberto, intenso, humano Enigma farto, fértil, profano . . . Consciência de decência, Omnisciência, presença constante, Latente, no viver de cada um Na estrada que cerca as essências Ele é fluxo permanente de riqueza, Capacidade de grandeza e prosperidade De pobreza e humildade, ignorância De totalidade e alcance infindável , Indimável, indelével, significativo marco De racionalidade sensível, indefinidamente Poderoso no seu alcance total . . . Universal ! Pensamento . . .
LUA NOVA
Escurece o canto Desencanto da noite E o rio no arredio Arrepio do vento Assobio que cala E fala aos ouvidos Febris, neste encontro Banal, casual . . . No cristalino lago Da natureza escura Da noite, lua nova . . . Esperança a ressurgir Com seu crescimento , De acordo nas fases que virão, Para tornar-se cheia e absoluta, Receptiva mãe da noite, Musa do dia . . . Lua Cheia, então . . . clareia !
ESPERA
Momento ansioso da vida Que ocorre a todos sem cessar Anuncía chegadas ou partidas Demoradas, sofridas, derradeiras Ou não . . . O resumo do viver, consiste nessa Espera, sabor de todas as estações De trem, metrô, rodoviárias, aeroportos Transportes práticos, rápidos . . . Onde chegar, como chegar, O que importa é chegar, e preencher Essa espera de alguma forma, em algum Lugar, para algum lugar, direcionar, E caminhar, continuar . . . A esperar, na esperança da espera . . .
O CANTO DO CANTO DA NOITE
Lua cheia semi material O canto do canto dos sapos No açude cristal, triunfal Harmonia da natureza, Do canto da noite, banhado Pela prata que grita naquele lugar . . . Pedaço do Universo, imerso No grande mistério do movimento contínuo do crescimento da alma Saindo das trevas da solidão, ilusão Da mente pequena, que aprisiona, E sufoca o coração ! . . .
BELEZA
Retorno à natureza Grandeza impar . . . Que nos ensina no dia a dia No despertar da luz, da manhã Necessária ao convívio, Indispensável, na feminilidade Da mulher, da criança, da vida enfim ! Que seria da terra, sem beleza . . . Sem o fulgor, a realeza dos mares Das montanhas, dos campos, rios E vales, sem fim . . . Preservar, conservar, propagar Essa beleza tão querida, na palavra, Na escrita, no trabalho, no ambiente Do convívio familiar . . . Que beleza ! Vem da beleza . . . Da harmonia de conjugar e viver No dia a dia a melodia sonora Do verbo : Amar ! Beleza . . .
CHEGAR . . . CHEGOU !
Mais um ano de vida Apontou no tempo ! Sem que pudéssemos sequer perceber. . . Na lida da vida sofrida, calada Ou aberta, quieta mas alerta Ao que se foi, ao que se vai e se esvai Escorrendo por nossas mãos, como água Que não podemos agarrar . . . Na verdade a terceira, a idade Como chamam, nela, o tempo Nos sacode, nos revolve, nos chama E até grita com a gente ! De repente ! Nós estamos e ficamos avós, bisavós, Porém a sós, ai de nós ! Entre nós de passado e presente . . . E laços de futuro recente que virá ou não, A nos tornar carentes . . . descrentes De afetos de netos ou bisnetos, ao longo Desta terceira caminhada da idade, No avanço de mais um Aniversário ! Que passou . . . e passa . . . e passará !
Contra Capa do livro "Pequena A. Poética"
Quando se trata de poesia, não há muito o que narrar.O grande significado dela é sentimento profundo e reverência a essa linguagem maravilhosa da palavra como arte, como símbolo do amor,em si; colocada e posicionada para transmitir sensibilidade, otimismo e falar um pouco do grande mistério da vida e do amor.Espero conseguir neste livro ilustrar, e reportar a todos os leitores uma aventura, dentro da simbologia dessa palavra colocada em : poesia !
MOMENTO
Poético de volta ao passado Nada distante, no sonho velado No amanhecer tranquilo . . . Do domingo de sol ! Espera fatal de um abrigo final Do coração enternecido,revestido Desse amor ideal, sem final, casual Informal que se tornou real, místico Verdadeiro tema de vida sofrida a sós, À procura do tudo, ao encontro do nada Sem calor, sem amor, final , partida . . . Triste sina destino de um sonhador, Momento poético, que passou. . . passou . . .
PARA UM AMOR QUE PARTIU . . .
Viver, significa a cada dia Crescer e frutificar o bem Em sementes de terra fértil Forte e plena . . . Como uma flor,que sempre Revive a cada instante, com Pequenas gotas de água Que se possa acrescentar Assim vejo hoje meu amor Por ti, através de qualquer tempo . . . De qualquer época, ou de qualquer Era racional perceptível . . . Concebível a olho nu É assim que ainda te quero E ainda sempre . . . te amo !!!
CARNAVAIS ! É CARNAVAL !
É muito melhorViver em carnaval constante . . .É muito melhorCaminhar lado a ladoCom a multidão, sempreA cada segundo . . .Mergulhar, penetrarOs seres, profundamenteSentir suas angústias, ansiedades,Sensibilidades . . .É muito melhor,Sentir o prazer de viverSempre acompanhado, rodeadoLadeado de flores, frutos, árvoresNatureza . . .Pessoas? Cada uma delasRepresenta uma figura da naturezaE muitas vezes, é em sua desarmoniaQue se encontra sua maior riqueza ocultaO caroço, o bagaço, o chumaço . . .O cansaço, o arrôcho, o arroioManso , poderoso sempre eternoE caudaloso leito de um rio, esteio de um cioPerfeito, profundo, oriundo . . .Das mais diversas raízes africanas,Doidivanas, fugazes, atrozes, audazesOh! Brasileiro meu !Solta tuas amarrasMostra tuas garras de leãoE ao mesmo tempo de irmão !Samba! Planta cada vez maisTuas raízes santas, como lenitivosDe dores, amores, cruéis, fiéis ou infiéis . . .Mas nunca deixes de mostrarTeu eterno carnaval interiorRevolta latente de um povoUnido, aflito e divinamenteAbençoado e maravilhoso !É mesmo muito melhorViver em Carnaval constante ! ! !
POESIA . . .
Como estar e ficar Sem ela . . . Nada como poesia, Para alegrar o dia, Irradiar sintonia . . . Na luz, harmonia da manhã Nascendo num crescer de sabor No teor principal de ser dom . . . De início de dia em som ! Poesia . . .
TRIBUTO AO MÚSICO
Sutileza de sentimento Arrebatador da escala Musical, escola magistral Pixinguinha ! Escada, escala, subida. . . Elevevação do tom, escalada Da montanha da alma, na canção Bela melodia espontanea popular, Que supera a poesia, graça espalhada Sem dor, nem nostalgia, gigante expressão Da simplicidade magia do amor na canção Poesia . . . poesia do mestre . . . PIXINGUINHA !
DESPERTAR
A fantasia da alma, E recordar é reviver Experiências latentes Que aparecem no viver De cada um . . . Sobras, resquícios De amores vividos Intempestivos encontros Furtivos, indolentes Tardes adolescentes Em alegria sempre ! Fases da vida Como fases da lua Ou estações, mudança Cíclica natural, sempre Coerente e pontual . . . Despertar para essas verdades Cultivar um viver saudável Em pensamento vivo, alegre Espalhar otimismo e desejo De viver e proporcionar O bem, sempre, onde se encontrar !
POESIA
Transporte da fantasia Da alma do poeta, Cantor da alegria De renovar a dor No final do dia . . . Enfrentar com louvor A serra, o horizonte, O mar por entre a selva Descortinando o sabor Do sal na boca, e o amor No seu movimento embriagador . . . Atraente . . . sedutor . . . Poderoso o ruído de suas ondas No fascínio da brancura da brandura De suas brancas espumas, a elevar Uma prece ao milagre harmonioso De sua grandeza, magnitude esta, Tão misteriosa quanto sua profundidade Na poesia do poeta o mar irradia . . . Poesia, poesia !
MULHER . . . MISTÉRIO
A delicadeza e a beleza Incomparável da flor, Se reflete na feminilidade Da mulher apaixonada, Seu olhar misterioso, traduz O perfume singular e peculiar A cada flor . . . Ela, a mulher em sua profundidade Interior, reduz o homem que se diz Doutor, a um mero beija-flor, Na procura do odor, sublime calor, O amor nos braços da mulher . . . Anjo em forma de flor . . . Mulher. . . Mistério . . .
CASUAL ENCONTRO
Casual encontro fatal De um final, mal acabado De um jardim, mal adubado Em flor, sempre em flor . . . Sem pudor, pleno de candura, Doçura, sensatez . . . Honrada hora de loucura, Na busca do ainda encontro fugaz, atroz, audaz, de seres puros, Eternos . . . Poderosos os sentimentais ! Eles nunca se libertarão Desses laços plenos, indomáveis Cadenciados de dor e prazer profundos!
PONTAL
Na cerca de um pequeno riacho Ladeado de guirlandas róseas, Vejo o limiar da eternidade . . . Na busca do final afago, Derradeiro grito lancinante de dor, À espreita encontra-se o horizonte . . . Banhado de um laranja fremente de fulgor Incêndio, labareda viva de temor, manso E caudaloso . . . Cristais que refletem borbulhantes sob Pequenas pedras, daquele riacho, assomam-se Aos olhos e acercam-se aos ouvidos, ruídos Do natural encontro frontal, naquele pontal Espelho de natureza pequeno lugar ideal . . .
COTIDIANO
Correria dia a dia A motivar com alegria Nossa vida companhia Que nos faz e nos traz, Algumas vezes nostalgia A incomodar final do dia Enfrentar a noite vazia , A buscar no sonho são . . . A riqueza do perdão , No abrigo da canção Que toca no rádio do dia Bom dia ! Concentração No comprimento do irmão No trabalho a direção , Desse dia, a construção Da melhora na busca , Do pão de cada dia, sem demora . . . Cotidiano !
FESTEJAR
Mais um ano de vida Significa bem mais . . . Do que se possa pensar ! Na juventude, queremos Sempre chegar e avançar O tempo e nos julgamos , Até capazes de desafiá-lo . . . Conforme realmente avançamos, Percebemos que não se pode brincar Com ele . . . Na verdade, na terceira a idade Como chamam, o tempo nos sacode, Nos revolve, nos chama, e até grita, Com a gente ! De repente ! Vemos que estamos vovós, bisavós, Porém a sós, ai de nós ! Entre nós de passado e presente E laços de futuro recente que virá ou não, A nos tornar carentes ... descrentes De afetos secretos afins . . . Festejar devemos sempre! Festejar !
DESEJO
Fome incontrolada Dos sentidos, Nunca abandonada Apenas sufocada . . . Arriscar mergulhar Na sua onda perigosa Pode trazer sensação Gostosa , ou arrependimento . . . Enfrentá-lo ? Suportá-lo . . . Grande segredo imerso Na profundidade de sentimento Insondável de cada um Desejo misterioso Gracejo que ronda Os seres e os transporta A mundos finitos porém Inusitados, atraentes . . . Atração . . . desejo Do desejo !
EMOÇÕES . . . SENSAÇÕES
Enigmas dos sentidos Que nos povoam a mente Invadindo nosso ser . . . Nosso coração, que flutua, Sente, se envolve e resolve Na emoção, chorar . . . Cantar. . . exacerbar, Os sentidos para exaltá-los Na canção, na poesia . . . No sentimento abafado, escondido Entre mágoas e derrotas do coração É ela, a sensação brilhante, que nos comove A revolver temas de turbulências internas Como correntes marítimas, arrastando Nosso inconsciente, mar adentro, rio afora . . . Sentimento que cresce, aparece e nos colhe Reverenciando a volta da paz e da conquista De nós mesmos nas . . . sensações . . . emoções !
CRISE
Alento, impulso Busca para a saída De algo que sufoca Porém sugere . . . luta Perceber em si a força, a criatividade Saída e arrancada Para o sucesso de si Por que não ? Quando se fecham portas Abrem-se novas perspectivas De auto conhecimento ! Graças à crise Se cresce e se engrandece O País, O Mundo, Salve ! Crise . . .
DESÂNIMO
As pessoas possuem um desânimo Latente, inerente, como um cheiro Fétido que se alastra e domina . . . Buscam fora de si, o que poderiam Encontrar em si viajam por aqui, e ficam fora de uma Realidade que se encontra sóbria Porém, inerte, em seus interiores Luminosos, coerentes, perfeitos . . .
INIMIGO
A palavra "inimigo" Não possui nenhuma vogal "a" Traduz frieza, fúria . . . É fosca, infeliz, infiel, cruel ! Introspectiva, arruina, anula Castra, enrijece, entristece, empobrece. . . Tece teias, emaranhados tortuosos, vulgares E quem a tem por perto, ou dentro de si mesmo Vive cercado de tempestades assustadoras . . . Constantes vendavais sangrentos, banhados De ódio, desgraça e ingratidão ! . . .
SERENIDADE
Para escolher, selecionar, Amigos, revisar encontros Estabelecer situações felizes Buscar encontrar sentido No viver, no dia a dia, Entender aflições . . . Compreender e respeitar opiniões Sem enfadar, sem julgar . . . É uma escola interior Que vai indicando com mais lucidez O certo, o errado, a hora de dizer Ou de calar e aguardar . . . Sem afrontar Não obrigar, não coagir, Soltar, deixar sempre livre, espontaneo Isto trará, sem dúvida Serenidade . . .
AH! O AMOR . . .
O amor transforma . . . O amor transporta . . . O amor transpira . . . O amor transgride . . . O amor transtorna . . . Não agride, não passa Apenas ultrapassa, Reforma toda a forma E regride toda a ira Apazigua a ironia Afasta a nostalgia Rebrilha e renova o olhar Todo o dia, toda a hora Sem demora é hora De transformar e amar O amor e transportar Ultrapassar remotas derrotas ! Amar em todas as rotas De caminhos afins até os confins Amar ! Ah ! O amor . . .
CONFLITO
Sequencia de um sonho desfeito De um amor perfeito, a expor a sós . . . Amantes, sonhos coloridos, conflitantes Casais confundidos, falidos na ilusão De um tema favorito . . . Ser famoso, hoje, conflito . . . Do homem aflito que confunde Afeto com agito, em baladas tropicais, Drinques sociais . . . Impérios de fortunas capitais Que desmoronam casais Em capitais banais, flutuantes . . . Conflito !
ALEGORIA
Alusão, homenagem, alegoria Brilho, ostentação, alegria ! Canto, dança, emoção, graça, Afeição, aflição, expectativa . . . Trejeito ofuscante ! É chegado o momento ! Todos na Avenida em mais uma Demonstração de Brasil alegoria : ilusão . . . Quando tantos lutam por um lugar no cordão Carros na contra mão, subúrbios soterrados Por enchentes, menores famintos, estropiados, carentes Aposentados sombrios, latentes . . . Mulheres quentes, provocantes, envolventes Porta bandeiras agitam-se num ritmo que contagia . . . Anestesiando qualquer dor, ansiedade ou problema Qualquer prioridade ou dilema . . . É ilusão . . . Alegoria, alegria ! É carnaval ! ! ! Saldo geral : quadro fatal Ao final de quatro dias . . . Cinzas, migalhas pelo chão Na luta feroz pelo pão . . . E retornando ao trabalho, à rotina Insistentemente ao cabo de mais um ano, Por mais quatro dias viver novamente A alegria de ser contente, contagiar a gente Na fantasia do samba, na ginga e na tanga De mais uma vez ser contente Brasil : alegoria ilusão !
HORA
Hora Santa Hora sã, amiga querida Irmã que o destino aprovou Meu sossêgo é teu afeto, Meu apego é teu perdão . . . Terra fertil a toda prova Jogo eterno de gratidão Que aprovo nestes instantes de solidão Eles me bastam para semear meu interior Para sondar o mais profundo ego . . . O mais calado pedido de carinho, atenção Amor, em busca do afago de tuas mãos Me afogo em notas musicais cintilantes, E procuro, nesta companhia a paz sonhada E semeada ao lomgo de mais um dia que se vai . . .
AH! MISTÉRIO DO MISTÉRIO !
Charada da vida, desfile do Mistério . . . Que envolve o sério, o místico O minério cristal ou cristalino Brilho da pedra a brilhar ! . . . Diamante minério lapidado, Qual ponto de dureza atingirá? Pela sua grandeza, ou pequenhez. . . Como será ? Como virá ? Essa riqueza insondável do mistério ? Misterioso âmago interior dos seres vivos Cada qual em sua função, poder ? Ou poderoso ? . . . Ah! Mistério ! O sábio descobridor . . . Desvendará ele o mistério ? Ah ! O mistério, quanto tempo ainda será ? Mistério . . .
BRISA
Brisa leve, sono farto No quarto a enconder Lembranças inúteis, De passeios fúteis, sombrios . . . No existir, sempre porvir A saída da derrocada árdua Para a entrada saudável, amena Como paisagem de amanhecer tranquilo No horizonte plácido e maritimo . . . Que se descortina em tons e surtons Vibrantes, em laranja brilhante, nascer do sol . . . Astro comandante do céu, do mar, da terra, do vento. . . Brisa alentadora, renovadora ao tocar Galhos já recheados pela Primavera, Para o Verão que já vem, que já vem! Já está, e brilha em luz e sombra de um perfil De sol a se por, em novamente cores . . . Vibrantes, estonteantes luzes, carmin, laranja, Amarelo e doce lilás, romance para ladear, Enriquecer a noite que se aproxima, e chega E comanda e escurece, mudando o cenário . . . Para o brilho, onde estrelas comandam o novo Espetáculo da madrugada acolhedora de deleites E carícias propostas e respostas sutis em abraços febris . . . É noite ! E agora a brisa a ela pertence . . . e encanta ! ! !