É PRECISO
Sentir a brisa leve da manhã a sorrirSentir o sol se pôr em horizontes febrisSentir a vida na luz do luar, a pulsar . . .Sentir o brilho do amanhecer, na florNo florescerSentir o afeto do irmão a sorrir, no perdãoSentir o beijo na pele do renovar . . . De cada amanhecerÉ preciso sentir . . .A dor de quem a temE fingir que não se tem !Consolar, não ser consolado . . .Amar para ser amado !
EXTINTOS CAMINHOS DA DOR
Cair num pranto, sufocado controlado, abalar a dor, No ruído do abismo, calar a voz No silêncio do infinito . . . Silenciar o tormento, no atoleiro Da solidão, enveredar por caminhos distintos Estranhos, extintos . . . Não mais ler, nem se envolver em páginas viradas Antigas, passadas, amareladas, desgastadas Ora, crer ! E viver novos caminhos, florescer . . .
RENOVAR ! REVIVER! AVANÇAR
O impulso do abraço no caminho Certeiro do amor . . . corrigir deslizes Conquistar, amar cada palavra . . . Transformá-la em sorriso, ou mesmo Em lágrima de emoção, comoção . . . Perdão, contínua glória do cessar, acalmar O conflito enfim ! construir em bases mais Sólidas a compreensão das situações dos arredores . . . Contemporizar ambientes em atenções de desvêlo, Zêlo e alegria, em tudo que fizermos. . . E será Renovar ! Reviver! Avançar !
SE . . .
Deus liberar meu pranto Engolido pelo ego desencanto O canto retornará . . . No ritmo da canção pulsante Do coração palpitante, alvissareiro A bradar, na mata verde, cintilante Após a chuva limpante, purificadora Atuante no natural curso de seu tempo No seu ritmo de canção amena, apaziguando . . . Acalmando no acalanto, no sono da criança interna Que revive, e sobrevive em todos nós . . . Seres humanos sedentos . . . apenas de AMOR!
VIAJAR
Ir para o mar . . . Acalmar, abrandar, assentar Horizontes mais claros de vida, De amor, de cortesia . . . Não é utopia, é realidade interna De corações irmanados, unidos na fé De cada dia, no afã do trabalho, de proporcionar Alegria, arte, humor, bem estar . . . No contínuo movimento . . . Como as ondas, espumas brancas, Neste momento de mar . . .
FESTAS, FESTEJOS, FESTANÇA!
Festivais de ilusões !À tona de risos e paixões,Patrões de uma Cidade trabalhadora,Lutadora de batalhas infindas . . .Estórias de glórias, encantos em poesiaE canções, em vozes, orquestras filarmônicasEcléticas, elíticas ou elitistas, estilistas, coleçõesSão Paulo, citações. . . dia do Fico, Ipiranga . . .Magistral bairro , descoberta da Portugal,Magnifica corte que chegou para reinarEm uma virgem terra que até hoje proclamaEm hinos e canções a Independência, suavePendência ou peso que comanda, com gostoOu desgosto, mas nunca perde em potênciaE resistência pelo suor, constância permanenteEm seu rosto varonil de Bandeirante a desbravadoraSÃO PAULO ! Construtora . . . Seus 455 anos comemoramos, e sempre serásSanta ! Encanta e canta São Paulo, que teu amanhecerÉ riso de eterna criança feliz!E todos os dias de Janeiro a Janeiro, te comemoraremos!SÃO PAULO !!!
REVOLTA
Reviravolta ! Discussão ! Necessária troca de palavras, posições Para estar bem e voltar ao estado normal... Tranquilidade , amor , paz Sempre se sai dessa raiva, que pega, destroça, Arrebata e faz chorar, de tristeza de estar Na revolta só e abandonado, a clamar . . . A gritar, estressar, sem recompensa . . . Sem trégua, nada traz, apenas tragédia . . . Inquietação, aborrecimento Deixemos de revoltar, para revolucionar E estar bem, na paz, na calma Que apraz, e refaz ! ! !
CONVÍVIO
Contínuo aperfeiçoamento De personalidades ativas Na luta pelo superar, suportar . . . Se não há convívio, não há vida! Agradecer esse prêmio, do conviver Acrescer, crescer ! Glória do ser, conviver, para aprender A respeitar . . . Reunir, comemorar, festejar . . . Acontecer, para poder relembrar, E renascer ! ! !
FOLHETIM
Mostra cruel do diário De uma vida, sofrida . . . Atroz correspondência No fluir de palavras soltas Ao vento, ao bom ou mau humor Em conversas, sussuros, propostas afins Discorrer emoções, sentidas em abraços, entre canções e partidas, comoventes reuniões Em madrugadas cálidas, abraços companheiros A suprir carências inigualáveis . . . Em tempos sutis, de memórias pueris Aguardar outros versos, em manhãs de floradas Diversas colorações a buscar, como folhas a folhear A acolher agruras não mais amarguras . . . Viver ! . . .
GOTAS NA JANELA II
Poéticas, escorregam Como notas musicais Das mãos do atista, Na arte do instrumento Musical ! Em sons, delícias . . . Quando brandas, lavam Vitrais, de cores magistrais, Escolhas do mosaico, Encaixe da peça de vidro No vitral . . . Janela, gotas, barulho fino, Leve, suave, que embala o sono O som da tarde, no odor Do café saindo do pilão . . . No sarau, gostoso da ilusão ! Das gotas, então ! Do coração . . .
MÚSICA
Universo, grande mistério Do som! Voz! Magia concedida Pela natureza ao pássaro cantor Que dita ao homem compositor, Cantor da alegria que brota na manhã, Alegoria, graça, do dia que desponta ! Música, também se faz canção . . . Na primeira palavra da criança, No som do brado das ondas, das águas Das cachoeiras, rios e fontes, floresta afora ! Música no mistério, da liberdade da alma ! Voz, surpresa do bem, da arte verdadeira De viver ! Por viver a música ! Ah ! A música !
FUGA
A fuga no ritmo frenético Do trabalho, labuta diária Leva o trabalhador, homem Ser humano, à busca do ideal E aprazível local, do encontro Consigo mesmo . . . Derrocada final, de uma vida Vivida na busca de si mesmo, Em ser apenas, útil Fiel papel de ser humano sensível Não profano, a atender os ideais Comuns à família, à cidade, cidadania ao Estado, democracia do viver, dignamente E em paz !
INSPIRAÇÃO
Através da leitura do verso, Da confidência, do amor . . . Descrito no horizonte, encontramos Plenitude e verdade . . . No vértice da mente, do poeta inspirado Na própria genialidade de seus versos, Ao revisá-los, antes de proclamá-los Em serões imaginários, gloriosos ! Ela chega, soberana e invade a alma Do ser, transporta-o para a aventura De descobrir matizes infinitos . . . De cores cintilantes, febris armazenadas Em mais um pôr do sol alentador . . . Finalizando o episódio do amor, de mais um dia Inspirador da inspiração do poeta construtor Da imaginação . . . na inspiração !
CONFISSÃO DE POETA
Deixa que eu te chame Por todo o caminho, A cada espinho, em todo o infinito A cada voz, em cada suspiro . . . Quero te fazer cada vez mais, Minha amada, minha luz . . . Minha cor azul, lilás, meu céu, Minha dor, minha paixão, meu doce Meu fel, meu gel amortecedor, aplacador . . . De qualquer energia, de qualquer fantasma De qualquer fantasia . . . Te quero doce, te quero amarga, te quero Feliz ou infeliz . . . O que importa é que sempre te ame, te chame E te queira como meu alento, alimento. . . De final, de mais uma jornada bem ou mal acabada . . .
NOITE . . . COMÊÇO !
Do embalo para a balada De quem cala a dor, e fecha O computador digitador, Agitador do trabalho do dia ! Ditador de técnicas cada vez Mais precisas, de novas engenhocas Engenhosas tecnologias da informática Desinformadora de sentimentos . . . Assim é o executivo, modelo moderno Astuto da civilização que se diz assim chamar : Informar . . . porém, computar nem sempre Ensina a amar, ouvir e respeitar . . . !
DE POETAR PARA POETA
Soletrar em verso, novidade Criatividade viva ! Lucidez ! Treinamento, constância Da memória que avança, e tece Tramas fortes de versos ecléticos, Rápidos. . . felizes construtores De palavras sinceras . . . Que vem da alma, do fundo da alma Do poeta, de poeta . . . para poetar . . .
SOL
Ao sol Na clave de sol Me coloco em som Em bom tom para coordenar... Para ordenar . . . e sensibilizar Em sal, me coloco A tal ponto alto, da montanha Banhada pelo mar, com a leve espuma A bradar eternamente, o amor latente Em meu coração . . . Nascente de um rio ainda por explorar É como me vejo . . . É como me sinto . . . Neste início do todo de tudo Futuro . . .
COMUNICAR
Dizer, falar, soltar Do coração palavras soltas, vivas Declamar em versos novos no dia De cada dia em alto e bom tom Amenizar a dor do chôro contido Das lágrimas não choradas, não derramadas Porém , não mais derramá-las por derramar Chorar ! É comunicar ! Tanto quanto muitas vezes falar E por que não ? Cantar ? Sim ! Cantar para comunicar amor ! Dádiva leve e solta que derepente paira no ar! E quer falar, manifestar ! Cantar ! Falar ! Para comunicar . . . Amor e amar ! ! !
PENSAR . . .
Repensar . . . Equilibrar nossos pensamentos voltá-los para coisas uteis Despojar de nós mesmos . . . Procurar proporcionar ao outro, Um sorriso, uma atenção . . . Um carinho, um agrado, uma cortesia . . . Isto é a verdadeira vida para viver . . . Preservar o bom, cultivar o belo,em frases, Gestos, mesmo simples, porém sinceros . . . Poder pensar em ser . . . Verdadeiro e tentar sê-lo, até no pensar! Não enganar, nem mesmo a si . . . Pensar . . .
A ESTRADA DO SONHO
Doce, liberada esperaFruto fresco da noiteTeu sabor desfruto ao procurar em vãoO vulto amigo de teu peito ardente,Colo querido de tantas noites de paixão !Evoco-o agora neste poema, alçando umBreve vôo pela escuridão . . .Até desvendar o misterio do tempo . . .Do canto . . . do perdão . . .Palavras, vãs ao serem pronunciadasEm momentos de delírio, de contágioDa paixão oculta e abafada, presa e abalada Que em livre acesso transita . . . Na estrada dos sonhos, todas as noitesNo sonho, ela está liberta ! Solta ! Sã ! ! !
TERRA SANTA
A terra da Santa A Santa da paz ! Das luzes Do prisma audaz, arcos de cores, Coroas de luzes das sete belezas, Uníssonas, tranquilas cores dos Arcoiris, confins das gotas, reflexos Do sol, mestre regente do espetáculo Término da limpeza, da descarga da chuva Que lava, abranda, acalma . . . A calma na tarde, da noite, de verdes Das arvores agora brilhantes, para brotar E trazer novas folhas, alimentos de verdes Frutos que virão, chegarão, no momento Do perdão de todas as magoas que a emoção Provocou e trouxe ao coração ! . . .
ESPAÇO PARA ORAÇÃO . . .
Vela . . . Chama . . . Chão . . . Fé . . . Que cultivo a todo momento Em meu viver, em meu penar, Quantas ainda acenderei . . . Pelos caminhos de meus dias ? Quantas ainda esperarei . . . Até que se extingua a última ? E haverá, esta derradeira ? Não . . . Cada uma delas será sempre A primeira, em renovada fé E esperança, caridade e bonança De um coração terno, puro, ameno. . . Sua luz será sempre mansidão, Que desejo espalhar em meu caminho Para meu próximo amigo, irmão . . . Seja ele quem for, trilhe ele os caminhos Que escolher, ou que já lhe foram traçados Sabiamente . . .
REPORTAGEM
Cada poema é uma obra Cada obra é um poema . . . Como o artesanato é o reflorir Da natureza, perfeita em seu curso Tudo segue em harmonia invejável, Incansável . . . sem trégua, sem mágoa Exemplo vital de evolução total . . . Reportar a paisagem, é redesenhar No papel, representar imagens, Reflorir mensagens no amor . . . A desfrutar da alegria de viver, E proporcionar essa viagem Reportagem no papel, a veicular, Informar vivências no prazer de retornar . . . Relembrar . . . imagens de vida, vivida, A esperar o regresso do prazer, de compartilhar O bem, em estrada infinita, bordada em verdes Novos, frutos maduros a colhêr, a preencher Vitórias novas, no papel . . . reportar ! Reviver ! Extasiar, revolver passados, presentes, futuros ! ! !
CHÔRO
Incontida revolta, desabafo ! Corrida ao abrigo de si mesmo A soltar queixas, desencontros Saudades dos que estão . . . E mais . . . dos que se foram, enfim Seguindo o curso perfeito de suas vidas, missões . . . Mágoas acumuladas não mais marcadas, Sem correntes a prendê-las e nem tolhê-las, Soltar no chôro esses . . . e outros . . . Tesouros guardados É tempo de chôro, chorar para aliviar Emocionar . . .desabafar . . . crescer no sentimento Mais puro, que a lágrima lava, enriquece a alma, Chôro, côro de bençãos renovadas A clamar, a chamar de chôro . . . Choro ! . . . chôro . . .
SONHO
Irrealizável torrente de desejos Inimaginável caminho a percorrer Viagem da mente atenta . . . Estar em sonho acordado, Não fincar os pés no chão Voar . . . declarar-se insano A ponto de não querer enfrentar A realidade do realizar . . . Repensar para não ferir, Ponderar, analisar a imensa Dimensão de tudo que no sonho É inatingível e torná-lo plausível, Real, verdadeiro . . . Sonho, verdade que se atinge Na vontade, na bravura, na garra Da luta acirrada e já vencida, Pela vida . . . vivida em paz! Sonho ! . . .
BUSCA !
Buscar, encontrar para reavivar recordar, falar, soltar . . . Não querer chorar, apenas desabafar Para não desabar . . . Buscar sempre para evoluir ! Revolver, revolucionar, renascer Em luta, em desvêlo, em carinho suportar, sem agredir, confortar . . . Acalmar, sempre . . . Sem trégua, doar de si Para sentir o quanto é intensa, E bem mais verdade a busca, de cada momento Fazer e tornar feliz ! Seja quem fôr, que estiver Perto de si ! Buscar essa busca . . .
LUZ E SOMBRA
A arte da luz na sombra Da ação do balançar da folha Da palmeira, alvissareira, em verdes novos Da primavera, quase verão, nos colhe . . . Nesta tarde, reflexão . . . Solidária, não solitária ao movimento Atento, augusto de pássaros a levar alimento A seus rebentos novos a esperar . . . No ninho a piar e a querer logo voar ! . . . Viver. . . revoar . . . renascer . . . Ouso querer, escrever, descrever Submissa e consciente, do quanto me apaixono A cada dia pelo exemplo da natureza, Que sabiamente me colhe, me alegra, Me faz e me refaz, entre a luz e a sombra Da paz ! . . .
O NATURAL . . .
Natureza, recanto. . . doce espera Que libera a riqueza interior do ser Em ritmo de espera de primavera , Verão, ou outono, inverno . . . Seja qual fôr a estação , O diapasão do ser instrumento, no bem, Ultrapassa esferas de tempo, de espaço . . . É vida, é luz, é natural . . . no natural Ao natural !