Reliable Moon

domingo, 30 de agosto de 2009

QUINTAL FENOMENAL ?

Ter um quintal, com tudo . . .
De lindo, e não querer vê-lo . . .

A vibração não condiz,
Parece, mas, não é . . .
Não convence, porque não é . . .

O clima abaixa
Até o mais alto astral
Quem reclama repele
Afasta . . . fala e não diz
Não condiz . . .

Decresce não cresce, infeliz
Enrijece . . .
E tortura sem cura, os gordinhos
Carentes, que só querem , doentes
O calor, calórico do doce, do mel . . .
Afeto que desejam, mas ocultam ,
'Fingem' não querer . . .

Os que fiz amizade,choraram
Tristes algumas lágrimas, de
Mágoas de peito ardente, infeliz
Descontente, descrente, carente . . .
E felizmente, pudemos nesta troca
Preencher mutuamente ego e egos
Carentes um pouco, ou muito . . .
. . . Descrentes . . .

sábado, 29 de agosto de 2009

HARMONIA

Cresce, acresce, acalma
Amortece, a dor, a raiva
Inexiste, nem acontece . . .

Harmonia
Não impede nada,
Nem ninguém de ser feliz . . .

Como o fruto, que adoça,
Que cresce, remoça . . .

Harmonia
Na luz do dia, floresce,
E vem . . . enlaça como chama
Inflama . . .
Engrandece e ama . . .
Enriquece, irmana

Harmonia
Conhecer é bom,
Reconhecer é bem
Na harmonia, do entardecer
Do dia, escurecer em azul e rosa
Que cadeciam e compõem . . .
O cenário do pintor magistral,
Diário de mais um final . . .
Do dia que raiou !
Iluminou ! E acabou . . .
Em harmonia ! ! !

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

CONVERSAR DE AMOR

Falar, não mais calar . . .
Soltar, extravazar, dizer . . .
Da dor, de amar . . . ou desamor

Sem amor, chegamos à dor
Sem amar, sentimos a dor
De não expor, e silenciar
E amargar . . .a amargura . . .

Engolimos o choro, e a tortura
Desse não chorar que desfaz . . .
Faz amargar, e amargurar
A dor, de não amar, e o desamor
Alimentar, de amargura, e derramar
A desventura de alimentar, a tristeza
De chorar, por não amar . . . desamar . . .
Amargurar, de não amar, e desamar . . .

Desarmar o coração , amargurado
De não amar, nem por amor, desamargar
A amargura . . . e buscar a doçura, energia
Da verdade de amar todo dia, na sequência
Do dia a dia, enriquecer-se de poesia, e adoçar
Naturalmente , o paladar, nectar da razão . . .
De amar . . . saborear. . . o doce, da tranquilidade
De estar nessa busca do amor que engrandece . . .
E cresce . . . e cresce . . .

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

SOLTAR . . . AMARRAS

Estar a mercê do vento,
Como embarcação a vagar . . .
Devagar . . . aguardar,
Divagar no sonho, na grandeza,
Em comunhão com a natureza,
Realeza insondável . . .

Indescritível sensação, cálida
Torrente coerente, quente . . .
De emoções latentes, pueris, até . . .

Diria . . . de tão contentes
Como crianças abraçadas
Ao brinquedo novo . . .

A desfrutar do recreio gostoso,
Repouso de suas almas leves, sutis,
Infantis, cheias de esperança . . .
Soltar . . . amarras . . .

domingo, 23 de agosto de 2009

PESSOAS

Contatar pessoas
Conversar com elas
Dialogar com maior
Profundidade . . .

Manifestar calor, afeto,
Amizade . . .
Comunicar com carinho
Aprofundar laços, e abraços
Aproximar . . .

Nesta hora, nesta festa,
Buscar, seus interiores
Sedentos, desejosos ,
De palavras amenas,
Alentadoras . . .

Portadoras de calma,
Compreensão . . .

Verdadeiros afagos
Ao coração, são poemas
De afeição, de paz !
Alegria de expressão,
Delicadeza de posição,
Colocados no verso ; razão
Desta poesia, emoção . . .
São : pessoas, união !

sábado, 22 de agosto de 2009

AMPARO

Alento da alma
Tolhida, ferida
Aguda como picadas
De agulhas no coração

Encontrar esse amparo,
Na corrente, na oração
No elo, evolução . . .
Do pensamento, que une
Sem presunção, sem ciume,
Ou invasão . . .

E preza a emoção
Do apreço, sem despedida,
Do amor sem medida . . .
Ou qualquer interesse.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

COMPOR . . . RECOMPOR

Compor canções
Repôr emoções
Que ficaram por sentir
Que ficaram por ouvir
No início ou final
Do dia . . .

Recompor . . . sonhos
Tarefa meiga, até vadia,
Porém, sincera no coração
Do poeta, esse atleta da ilusão
Que fomenta a atenção . . .
E nutre o coração, de afeto
No teto do perdão . . .

A emoção. . . repor . . .
E sobrepor em palavras,
Combinar, formar frases
Hábeis no disfarçar . . .

A dispersar tristezas
Prolongar alegrias
Em meio a sonhos, grandezas
Infindas, misteriosas que povoam
E evoluem na mente, do artista !
Como, escolas na Avenida, que vida. . .
Em alegorias, aderêços, fantasias . . .

Repor, para recompor,
As energias das danças, das crenças
Esperanças acumuladas na ternura,
Na bonança, de milhares de cantores,
Que passaram . . . e passarão . . .

Nas multidões, permanecerá
Seu grito, seu canto, de gloria
De gratidão, de busca pela Paz!
União dos Povos !

Compôr . . . reportar . . .
Depositar mais e mais poesia
Nas canções . . . flutuar,
Sensações antigas, amigas
Companheiras !
A compor . . . e recompor . . .

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

SATISFAÇÃO

Palavra engraçada . . .
Parece completa
Quando pronunciada
Já projeta , plenitude

Agrado, gratidão,
Amorosa conquista
A satisfação na revisão,
De nossa vida . . .

Superar crises, evoluir,
Elogiar deslizes, divertir . . .
Compartilhar dores, amores,
Raízes . . . enfim !

Reviver, em estações,
Roubar um pouco
Da Natureza, nessas ações,
Reações, tão perfeitas . . .

Satisfação !

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

FINAL . . .

Arrebatamento do mundo
Soturno desencadear
De tragédias consequentes

Ao processo doloroso
De algo que falhou
Desconcertou, desmoronou . . .

E assim . . . se chamou
Civilização altamente
Científica e tecnológica
Pormenorizadamente elaborada,
Quem diria ?
Sem ironia ?
Que não convenceu . . .
Apenas iludiu, ludibriou . . .
Mentiu . . . ?

Em pontos importantes
Porém, quem , não derrapa,
Algum dia ? Quem não fere ?
Ou não sacia ?
Quem não ousa, nunca adia . . .
Nem cancela, porque nem deu
O primeiro passo . . .
O primeiro abraço . . .

A Civilização arrancou
E na primeira marcha
Avançou demais . . . o farol !

Que nesses, os passos que
Foram em falso . . .
Derrubou, caiu . . .
Mas já subiu, e levantou!
Para algo inusitado, elevar-se-á

Aguardemos, pois . . .
O que virá . . .
Final ? ? ? . . .

terça-feira, 18 de agosto de 2009

PRECE

Oração contrita
Infinita, que chega
E habita , o coração . . .

Ela leva essência
Ela traz anuência,
Doçura incomum
Paz . . .

Ela é pura ternura
Augúrio de ventura
Retirada de qualquer
Amargura . . .
Ou solidão !
Preenche. . .
Enriquece . . .

Prece
Cresce, engrandece
A terra, aplaca a guerra,
Tece véus multicores, misteriosos
E estende cânticos gloriosos,
Expande . . .
A União dos povos . . .
Dos mundos, em segundos apenas . . .
Prece !

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

MORTE

Não me afrontas
Nem um pouco
Nesta página, Universo !
Discorrer sobre ti . . .

Sempre trazes caminho novo
Inusitada surpresa, novidade . . .

Quem te conhece?
Só quem te viu! De verdade!
E muitos ficaram mudos
Ao teu vulto que dizem turvo
E ao teu véu que o pintam negro . . .
E à tua voz que a dizem rouca . . .
Não serás assim tão fria e aterrorizadora,
Nunca ,imaginei-te assim !

Eres nova, mudança, passagem, apenas . . .
Como viagem sem fim,
Para os confins da terra e outros mundos
Desconhecidos . . . afins . . .

Como o vento, o temporal, a tempestade,
O vendaval . . .

Morte : quem te espera
Não te alcança, nem te quer
Como esperança, de algum dia, ser feliz
Só o suicida que condiz, e não discorda,
Nem descarta essa possibilidade, corajosa
E audaz, de encararte na viagem que espera
Realizar, sempre à revelia de algum tempo
Ou lugar . . .
É por isto que te projeta como meta a realizar ...
E enfrentar. . .

Morte : és reduto singular
De quem é forte . . .
Por que não ? Dizer assim?
És procura de alguém
Sem sorte que evoluiu assim
A viver desejando a morte. . .
Sendo frio, até o fim . . .

sábado, 15 de agosto de 2009

COMPACTUAR, COMPACTAR

Para enfim, chorar
Soltar o pranto,
E comungar, com a tristeza
É imensa a beleza . . .
Do ser . . .

Envolve a ternura
Na restrita procura
De seus horizontes,
Mais belos, mais concentrados . . .

Fora de padrões específicos, direcionados
Ladrões que assolam os homens
Do hoje, como patrões que os devoram
Arrebatam e acorrentam

As ambições sedentas, violentas
De luxúria e incompreensão . . .
Não estar de acordo com essa imposição
Traz isolamento e até solidão . . .

Porém . . . benéfica, e repousante
Sensação de brandura, sossego
Espontânea simplicidade . . .
De apenas existir para insistir
E um dia qualquer, surpreender
E ser . . . FELIZ !!!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

MAGIA . . .

Estranha sintonia . . .sem idade
Nem maioridade . . .
Será poder ? Será fantasia ?
Como conhecer e penetrá-la ?
Ousar apenas . . . imaginá-la . . .

Será envolver-se, engendrar-se
em floresta encantadora, ou
Encantada . . .

Que já não há quase mais
Na natureza . . .
Ora escassa do planeta,

Virar estrela? Celebridade?
Cantar canções, fundir lusões
Em utopias aceleradas de sonhos,
De conquistas, inusitadas, baratas
Revistas, pobres, sem musicais famosos . . .
Formosos de outrora . . .

Não ! Não mais buscar espetáculos banais . ..
Apenas atender a apêlos de beleza simples, clara!
Rara corrente de ternura, que paira exala perfume
De flor no ar e desencadeia a magia . . .
Ela! A verdadeira, do amor ! Pura e simples glória
E motivo para viver !

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

DISCRIÇÃO

Desvêlo, abnegado a sós
Como um carinho, solitário
Ela vem, com um sorriso solidário
A resolver, a emendar nossa vida . . .

Na trilha sofrida, nunca vencida
Pela dor vivida, ela confidencía
Aos ouvidos, o que fazer ?
Como agir ?

Calar, para abrandar prantos
Ou abraçar encantos . . .
Ela não esconde. . .
Lidera, espera e sabe discernir,
A hora, o sim, ou o não ;
Agir, aquietar, sem nunca ! Precipitar . . .

Ela é o bom senso
Ela é o bem viver
Ela é o saber do dizer
Ou não dizer . . .

Discricão . . .
E . . .
Lidera, impera e sabe! Ser. . .
Discreta !

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

COMO SER FELIZ ?

Como ser feliz ?
No juízo impreciso
Na moral incerta, aberta
deserta, na impunidade
Devota dos imprecisos,
Que se dizem poderosos . . .
Políticos amorosos, e nada
Mais são do que lobos , vorazes
Gananciosos, cheios de garras
Dengosas, que fingem agradar
E ferem em profundidade . . .
Cruel requinte feliz em machucar ?

Como meu Deus. . .
Ser feliz ?

Mascarando, pisoteando, ignorando . . .
Ignorar, destratando, sem tratar . . .
A destroçar ?

Como . .
Mas como ser feliz !

A destruir matas, atear fogo,
A matar bichos, ferir . . .
E engolir , lixo químico, adubos
tóxicos, venenos ácidos que corróem
A mente ? Atacam o corpo, e deixam
Descontente qualquer natureza viva
Que deseje ser ativa, ou útil à sociedade ?

Como ? Ser ? Feliz ? . . .

No reduto de uma sociedade
Insana que promove a glória
Da desonestidade, impunidade,
Desumana e cruel de tirar vidas
A granel pelo poder infiel de trair
E enganar até a si próprio ?
Fingindo, mentindo, involuindo
Para a animalidade irracional . . .
Incapacidade de perceber até
Os próprios êrros ?

Como ser feliz ? ? ?
Sem ser nem existir . . .
Como ? Ser ? Feliz ?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

ESBOÇO DE POEMA . . .

Imagem sutil . . .
Por que ? submeter-se
A uma vida, árida, fria,
Insólita . . .

Se é possivel transformá-la
Em uma doce, terna e romântica
Trilha de surpresas ? Venturas . . .
E aventuras . . .

Sim, porque o sentimento, nada
Mais é do que uma tola e embriagadora
Sequência de atitudes imprevisíveis,
Porém . . . encantadoras . . .

A qual leva, os seres humanos
A belíssimos parques ecológicos,
Existentes em suas mentes,
Como telas de pintores ou flores
A exalar perfume, odores variados . . .
Febris ! E completa sonhos que pareciam
Vãos, secretos e podem até tornar-se realidade . . .
Se houver . . . poesia ! Em suas vidas . . .
E o poema não ficar, apenas no título,
Ou . . . no esboço . . .

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

POR QUE ?

Exigimos
Tanto de nós,
E também dos outros ?

Será? Que temos esse direito
Para que ? E por que ? . . .

Já parou para perceber,
Como somos cansativos,
Quando obrigamos alguém
A fazer algo para nós . . .

Deixemos mais livres a nós mesmos
E aos outros . . .
Por que ?

Porque , assim o mundo terá
Mais paz, e seremos mais sinceros
E espontaneos . . . mais claros,
Compreensivos, amorosos em
Situações domésticas, ou mesmo
Mais sérias de trabalho, tomada
De decisões, enfim . . .
Deixar livre . . . fluir . . .

Por que ?

Porque a mente livre, calma,
Sem opressão, fica alegre, solta
E pode criar, desenvolver dons,
Talentos, que Deus nos deu, e
Às vezes ficam encobertos e passam
Despercebidos ao longo de uma vida inteira!
Vivida de obrigações, lida, pressa, correria,
Exigência, horário, expectativa de outrem . . .
Enfim ! Uma série de impecilhos que aparecem
No caminho, muitas vezes porque ainda não é hora
De acontecer determinada ação, e nos lançamos
A ela precipitadamente . . .

Ah! O mundo, com mais calma . . .
Teria menos por ques ? Mais parques salvando
A natureza . . . e mais respostas vindas do coração
E teríamos mais amor, e compreensão, uns com os
Outros !
Porque . . . Por que ?

domingo, 9 de agosto de 2009

MENSAGENS . . .

Interessante, belo enfoque
Maneira nova, moderna,
E por que ? Não dizer . . .
Romântica . . . de lembrar
Das pessoas e . . .
Comunicar !

Sentimentos, emoções, comentar . . .
Trabalho ! Sim ! Trabalhar,
Nela a tela do computador
Quantas e quantas, e tantas
Janelas existem através, desta tela
Porta para o mundo !

E fundou-se um mundo
Através dela, que chamado virtual . . .
Nem sempre exibe apenas o lado 'virtude'
Mas como estamos ainda no' aprendizado'
Do desenvolver essa virtude, dentro do virtual
Tentemos, com versos . . .
Mandar . . . enviar . . .mensagens . . .
Mensagens . . . em janelas . . . e janelas . . .
Paragens. . . paisagens . . . passagens . . .
Em um mundo melhor . . . imagens . . .

sábado, 8 de agosto de 2009

TANTAS VEZES !

Nos enganam, nos traem
Passamos por ingênuos perdedores
Nessa esperteza e sagacidade
Modernas ! E até respeitadas !

Porém já está bem próximo
O momento do desfrute,
Da sinceridade a grande mestra
Que reconstruirá, passo a passo
Uma nova humanidade !

Digna, tantas vezes . . .
Quantas foi . . . mentirosa
E enganou e ganhou, de quem
Passou por perdedor. . . que foi
Vencedor, tantas vezes . . .

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

DESABAFO

Desarrocho, desenrolar
Da ira, investida feroz !
Mesmo que seja no espelho,
Contra nós mesmos . . .
Às vezes é necessário,
Ou sempre ?

Desabafar, descontrair,
Soltar, esbravejar !
Bradar ! Para depois, aquietar
Na calma do silencio, a voz do interior
Que clama, que chama clemência, anuência . . .

Se não concordarmos em nos adaptar,
Sobrepujando todos os outros sentidos
Ligados ao oposto, ao abandono, à carência
E ao conflito . . .

Guerra ao não e à invasão do coração
E dos sentidos pela secura do não !
Que é o anão dos sentimentos férteis . . .
Que existem em nós . . .
Fecharemos cada vez mais portas às nossa volta!

Porém, é necessário ! O desabafo !
Desarrocho do peito . . .
Do coração !

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

VITÓRIA ! GLÓRIA ! . . .

Estória do mundo. . .
dos homens . . . do passado . . .

Luta de exércitos sem fim
Desde os confins da terra

Busca de todos, para irmanar
Será primeiro, e necessário
Apartar ?. . .?

Que vitória será alguma vez
Glória, matar . . . e morrer . . .

Mudar conceitos , esclarecer
Sonhos desfeitos, desalentos . . .
Será verdadeira glória
Do viver sério, de humano valor
De vitórias e glórias,
No sentido certo e correto
De expressão dessas palavras
Tão belas e desonradas,esquecidas
Já cansadas de não ser mais
Utilizadas e nem quase ser
A verdade como um escudo
Para o qual foram criadas ! ! !

terça-feira, 4 de agosto de 2009

MAR . . .

Vil volume
Das águas . . .
Mistério da terra

Assustador, quando,
Revolto, cinzento . . .
Sinistro !

Até seu ruído
Se torna soturno
Em suas ondas revoltas
Opacas e descoloridas
Pela desolação da paisagem
Modificada em indignação !
Perda de seu verde ou azul,
Arrojado, sofreguidão . . .

Sofre, como não ? E revolta-se . . .
Nesse tom de fúria
Injúria de estar sem seu tom calmo
E claro fascínio de suas mais
Profundas águas . . .

Mar . . . te quero azul , cheio
De brandura e verde, sem
Volta de revolta gris !
No retorno das espumas
Brancas de tua paz !
Eh ! Mar . . .

domingo, 2 de agosto de 2009

CANSAR

Cansei de gritar
Ao meu peito
Para calar !

Cansei de falar
Ao meu coração
Para abrandar . . .

Cansei de buscar
Ilusão, onde não há
Calor onde não existe
Nem existirá . . .

Cansei de buscar
Um meio de voltar
No tempo e no espaço
A retificar êrros de passado !
Reclamações de presente
Anunciar e denunciar . . .

Cansei de chorar
A sós, noites frias, vazias . . .
Cansei . . .
De más companhias, soturnas vozes
Sem som, sem luz . . . !

Cansei, de palavras tortas
Mal ditas, desditas, mortas
Incompreensivas, invisíveis
Sem momentos de paz . . .

Cansei
De canções gritadas
Mal faladas, sem melodia
Nem passo, nem compasso
Vazias de harmonia . . .

Cansei . . .
Nesta hora, neste dia
De também . . . pensar !
Cansei . . .

Deixem-me abandonar
Um pouco do nada, e . . .
Do tudo que me cansei . . .

Na quietude dos campos,
Do verde ! . . . Esperança
Renovei, e encontrei o vigor
Que acabou a tristeza . . .
Do cansar, cansei . . .
DESCANSEI !

sábado, 1 de agosto de 2009

ONDA

Vicissitude passageira
Na vida humana
fala-se em onda do crime . . .

'Onda' , está na onda
dizia-se há um tempo
E significava . . . está na moda . . .

Morro, montanha
Algo que é belo, natureza
Transformado pelo homem
Em local de miséria, cobiça
Tragédia, drogas, consumição
De valores humanos . . .
Verdadeira 'toca' de animalidades
Crueldades, tiroteios, mortes . . .

Contraste do belo de uma cidade
Com o feio de uma sociedade . . .
Que dizer? Dessa devassidão,
Degradação humana ?

Nada a dizer, apenas concluir;
Que morrem, matam e se matam
Por nada . . . pela droga da droga
Que devora como a onda, da' onda',
Que passa e apavora, e devasta . . .
E alastra . . .e alaga . . .
Onda !