ESBOÇO DE POEMA

Por que submeter-se
A uma vida árida, fria, insolita . . .

Se é possivel transformá-la
Em uma doce, tenra e romantica
Trilha de surpresas ?

Sim, porque o sentimento
Nada mais é do que uma tôla
E embriagadora sequência de atitudes
Imprevisíveis, porém encantadoras . . .

Que leva os seres humanos
A belíssimos parques ecológicos
Existentes em suas mentes,
E completa sonhos que pareciam
Vãos, secretos que podem tornar-se
Verdade . . . se apenas houver 'poesia'
Em suas vidas !

E o poema, não ficar inacabado
Sem título, ou só no esboço . . .

PERDA . . .

Falha, falta
Triste de alguém
Que desiste de buscar
De amar, de viver . . .

Já se encontrava morta
Na esquina , torta
Da intranquilidade . . .

A ansiedade bordava seus dias
De derrota sem volta,
Na impiedade da doença
Que a arrebatou, sem reservas
Sem tréguas, a levou , sem respiro,
Sem abrigo, sem ser nada . . .
Como um vento na estrada
Com seu assobio no vazio
Simplesmente no corrupio,
No arrepio , arredio . . .
A levou !
Perda . . .

( Poema póstumo, in memoriam. Dedicado a uma amiga que se foi . . .)

MUDAR !!!

Mudar a veste
Em cor . . .
Primavera !
Vestir-se de flor
Libertar-se da dor
Que oprime, deprime
Mata o ser, no querer ser !

No desejar despojar-se
De seu ego, apego traiçoeiro
Que quando ataca, quer . . . destruir

Buscar novos horizontes infinitos
Para construir, verdades sólidas
Meta ideal, primordial, para sobreviver
No mundo tumultuado que hoje enfrentamos . . .

Armar - se de amor
Dar adeus à violencia,
Agradecer a existência
De horas felizes a chegar . . .

Com a arte da união
Na família, reunião . . .
Mudar ! E estar mais presente
Nessa roda familiar . . . empolgar !
E . . . mudar !

NESTA PÁGINA

Nesta hora
É agora, embriagar
De calor sem demora
Meu coração, a vagar

Devagar ! . . .
Nesta espera, nesta hora
Que em pouco tempo virá . . .

Descrever a aurora do dia
A chegar ! Nesta hora discreta
Quase secreta, de amores a sós. . .

Manhã bela, suntuosa, banhada
De sol, gostosa, cálida, amorosa. . .
Amena, a trazer recordações,
Felizes, de vários tons, matizes
Da tela do grande mestre pintor,
De todas as Obras de todas as artes . . .
SENHOR . . . ! O CRIADOR !!!

DOENÇA

Chegando próximo
O cadafalso da morte
Nada mais de material
Se pode angariar . . .

Fundos para o funeral
A maior preocupação
Da família, não era problema,
Uma vez , que já em vida . . .
Uma morte era vivida .

Conformar-se já, no encarar
Essa partida, momento flutuante
Ansioso, angustiante . . .

Aguardar na dor, agradecer
Com louvor, o não ser perdedor
Por crer na alma e no Salvador . . .

DISCERNIMENTO

Capacidade inerente
Ao raciocínio do ser

Mostra desenvoltura
Amadurecimento . . .

Controle, autocontrole,
Interligados nessa ação
Desenvolvem, proporcionam
Solução de problemas,
Que aparentavam ser insolúveis . . .

O bom senso, a calma,
Desenrolam a questão
E, sem mais ilusão,
Trazem harmonia e precisão !

O SEGUNDO : FRAÇÃO DO TEMPO . . .

No topo da montanha,
Fim de mundo . . .
Abraço profundo
De natureza irmã,
Encontro o segundo
Pedacinho de tempo : mistério !

Fração separada do todo
De todo minuto, hora ,
Ou dia , ou tarde , ou noite . . .

Ele é sábio e poderoso
Nele , desenrolam-se aventuras,
Ternuras de olhares de amores
Encantadores . . .

Num segundo a todo minuto
Alguém se envolve na trama
De outro que chama
A chama do amor . . .
Num segundo !

DESEJO II

Fonte avassaladora
Da paixão
Controvérsia do amor

Inverso do verso
Da paz, ele inflama
Proclama apraz

Exalta o apenas prazer
A volúpia , e embala
Em luxúria, para presente:
O capricho . . .

Enganoso , camuflado ,
Fantasiado de amor
A todo vapor, percorre
Alcovas infindas, de prazeres
Temporários, ilusórios . . .

Desperta horizontes inquietos,
Tira o sono , o apetite ,
Gera ansiedade , até colite
Ah ! Desejo , será que vale a pena
Embarcar e pegar carona
Em seus braços , sedutores ,
Arrasadores ! . . .

Será vão teu consolo
De entrar nesse rolo
E se enrolar em seu manto
Secreto , indiscreto , revolto ?

Responder a essa direta
Questão , poderá trazer
Desilusão . . .
Decepção . . .

Desejo . . . algo que acaba
Como começa , finda ,
Provoca pranto e ainda
Leva fama de bem . . .

É enganoso, é frio ,
Em forma de quente , latente . . .
Vazio, parece que preenche ,
E derepente , some , desaparece ,
Maltrata , nada acresce . . .
E entontece . . . abandona . . .

Desejo é profano ,
Engano sutil , febril . . .
Como doença que pode
Sufocar . . .
Arruinar . . .

Desejo ! Não é amor !
Capricho da derrota
Do perdedor . . .
Que pensa, que é amor . . .
E cai nas malhas da dor
Atroz ! Conquistador . . .
Desejo . . .

POETA

O poeta que sofre
O poeta que chora
O poeta que agita,
Sem parar . . .
A bandeira da paz !

E levanta, e aclama
Com suas palavras . . .
E declama, inflama, o amor
O canto, recanto agradável
De estar . . . a sós . . .
No verso, que o acolhe e
Lhe faz companhia ,
Lhe apraz e sacia . . .

Sua vida de amor ,
Sem nostalgia, em busca
Sempre da alegria, ao demonstrar
A paisagem, nessa poesia, no caminhar
Fluir de seus dias, no silêncio, em harmonia
Com a natureza, que se refaz a cada dia . . .

Na beleza de estar em conformidade com ela
E desfrutar do amanhecer suave alento . . .
Repleto das surpresas que trará ,
Neste ou naquele dia ,
De festa da luz do sol . . .

Ou seresta à luz da lua, manifesta,
Na musicalidade do instrumento
A tocar o sentimento, do poeta . . .
Que então a cantar, para encantar
Com seus versos a tão desejada,
PAZ NO UNIVERSO ! ! !
O poeta . . .

MULHER E ÁGUA

Mulher e mágoa
Mulher é água,
Que agoa a mágoa . . .

Mulher é mágoa
Que agoa a água
E engole a mágua
Engole a água que lava . . .

Magoa a mágua que mata . . .
Magoa a água que mata a mágua . . .

Que água !
Que mágua !

Ressente na gota de água
A lágrima . . .
Que é a mágoa recente
Do coração transparente
Que reza e chora, latente . . .
E mata a mágoa de mágua
E a gota da lágrima que cai
Na face, e dói , doída . . .
Sente o sentimento profundo
Como recente ! Sente !
Ressente e afunda, na mágua,
Magoa . . . vai fundo, na água
E magoa, cada vez mais a mágua . . .

Que água !
Que mágua !

Magoa e agoa e morre a mágua
Enxágua, revive, e sente . . .
No seu interior, contrai, e retrai . . .
E pensa que mata a mágua, na água . . .
Que enxágua, porque é . . . água ! . . .
Mas não mata ! A mágua, sem gota, sem água
E essa é a gota d' água . . .
O caminho para a mágua, que seca, a lágrima . . .
Que retorna na mágoa !

Que água !
Que mágua !

Sem água ninguém vive . . .
Sem chôro de mágoa, ninguém
Pode conter a lágrima . . .
Mas não mata, enxuga, enxágua,
A gota de água , da mágoa que restou . .
Que findou e secou . . .
No canto dos olhos d'água
Da morena, mulher e água . . .
Que um dia . . .
Acreditou e confiou ! . . .

ATÉ QUANDO ?

Nua perdidamente nua . . .
Tua, perdidamente tua . . .

Nesta noite, neste mar,
Nesta lua . . .

Nesta rua, escura, vazia . . .
Me encontro a sós, e a vejo
Como uma estrada a trilhar
Como uma enxada a cavar . . .

Dentro e fora dela, me enxergo
Ao mesmo tempo, e o parco cerebro
Me anuncia a aurora, e a pura estrela
Cintilante me espera radiante . . .

Me alucina, me tortura, me carrega
Me domina, me desespera . . .
Dentro de uma morte em vida obscura . . .
Tortura !

Que névoa é essa, meu Deus ?
Sem tregua, sem paz . . .
Que glória é essa de homens sem luz ?
Que estória de passados mórbidos
Haverá nesta terra, neste céu, neste país ?

Que eterna desventura de esperar o que não vem ?
Até quando ? . . .

ACONCHEGO

Abro meus braços,
Minhas asas, meu ser
Ao teu aconchego, me chego . . .
Ao teu cheiro me apego, ao
Teu vulto me nego . . .
Ao teu calor me aproximo . . .
E o fogo desse encontro,
Labareda viva, me ilumina
E me atrai, me distrai . . .
E ao mesmo tempo me cega . . .

Como paixão arrojada me pega
Escorrega e leva pelos ares,
Sacode ao vento, seu intento
Na jornada do tabalho ora lento . . .
A imensidão do sonho que se foi,
E que se esvai, por uma restia de sol . . .
Porém . . . não retornará jamais ! ! !

AH ! A ENTÃO . . . TRANSFORMAÇÃO !

Transformar . . .
Ah ! Transformar em ação !
A arte do então . . .

Transformei em poesia,
Minha dor . . .
Em amor a nostalgia,
Meu temor, melancolia
Transformei em alegria !

Meu pesar, o penar,
Em liberdade . . .

Minha agonia, em pudor,
Meu afeto, em meu guia . . .
Transformei

Em lema, meu perdão . . .
Em sossego da alma,
Em calma, o infortúnio
Da paixão . . .

Transformei ! Então . . .
E em compaixão minha vida
Transformei em ação
Ah ! A então , transformação . . .
À ação ! ! !

ESTEIO

Base, origem
Caminho a ser seguido
Exemplo de ventura . . .
Sem amargura no viver

Buscar essa volta
As imagens caras, raras
De estar a sós e renovar-se,

Ouvir os sons da natureza
A nos chamar . . .
Através do canto dos pássaros,

Inalar os odores atrativos
Das árvores, das flores, dos frutos
Da vegetação ao redor . . .

Descobrir o impacto inovador
Desse imperceptível . . .
Passar a desfrutá-lo

Para não mais perder
De vista, o esteio de ser humano
E o anseio de melhorar . . .

E ampliar o agradecer ! ! !

IRREVERÊNCIA

Estado de ignorância
Agressividade . . .

Imprecisão nas maneiras
No modo de ser
Apresentar-se, impondo

Rudeza, indelicadeza
Colocações indevidas
Ressentimento, mágoa,
Não revelada exposta
Na hora errada . . .

Causa conflito, dor
Confusão, aflição . . .

Irreverência, parte
Do ser desatento
É desalento do ser
Insensato, infeliz !

MAU HUMOR

Contágio, indefinição
Tensão . . .
Incrível capacidade
De incomodar os arredores
Infernizar

Mau humor
Infeliz presságio
Afastar, para sorrir
Amar, compreender
As razões da pessoa
E confraternizar . . .
Desculpar, relevar
E por que não ?
Transformar em bom humor !!!

Obs. : Afinal, é feriado hoje! Para que ficar de mau humor, e estragar a folga dos outros ?
Não vale a pena . . .

TOQUE DO AMOR . . .

Olhar . . .
Olhar de mulher apaixonada
Mistério . . .
Saudade, afã do toque, do carinho
Silêncio . . .

Cheio de paz, harmonia, poesia
Explosão, no interior
Da hora do encontro, do toque
Do beijo, do abraço
Amar . . . o toque do amor
Está no dia, está na hora . . .

É agora o desabrochar
Da menina, moça que se fará
Mulher, especial companheira
De todas as horas, com todas as
Honras de senhora, na longevidade
Que a fará mais amante, mais cálida
Mais coerente . . .

Mulher sem mágoa, feliz !
Por estar, tocar, envolver e devolver
No abraço, o brinde profundo ao enlace,
Ao encontro no toque do amor . . .

UNICO

Sempre será o escrito
No momento, e reunirá
A inspiração que vier . . .
Na colocação das palavras,
Elas se aplicarão e aplacarão
Toda e qualquer força contrária . . .
Estarão a postos para reconhecê-la
E expulsá-la: do coração, da alma , da vida . . .

O afã de semear esse unico, singular poema,
Desencadeará novos e outros para consolar
Dores de amores e dissabores . . .

Unico, impar, lenitivo, bálsamo . . .
O poema , para abrandar . . . acalmar . . .
O tudo , o nada , o unico !

PÁSSARO CANTOR

Inventor da melodia primeira
Alvissareira flor de perfume
Odor suave, furtacor . . .

Amigo, leve, sutil
De vôo rápido, preciso
Onde levarás teu canto ?
Onde repousarás teu pranto ?
Se é que ele existe . . .

O pássaro que chora
É o homem do agora
Que sofre por destroçar
Sua morada, mãe terra
Que envenenada respira
Em dificuldade constante
E poderá até calar teu canto
Sem abrandar esse pranto ,
Prenúncio da estória triste
Da evolução que insiste ,
Em transbordar os parâmetros
Do equilíbrio, do amor e da Paz !

PÁGINA

Da vida, coleta
Colheita, acolhida
Sobrevivida em momentos
Como este . . .
De intensa paz consigo mesmo,
A observar os arredores . . .
De natureza, fértil, irmã,
Extrema glória e perfume
De mato, de flor selvagem
A toda prova, revivendo
E lutando nesses tempos
Árduos da incompreensão,
Da discóridia e da desunião . . .
Página a ser virada, muito em breve . . .

A CIDADE ALERTA

Que desperta, sem dormir
Que alerta sem sentir
Vive ! Destroça ! Arrebata
Corações, amedronta e afronta

Na sua grandeza vil
Obstrutora e ao mesmo tempo
Construtora, progressista, lutadora

Nova ! Inovadora a cada dia
Sua natureza forte, sobrevive
Aos choques dos automóveis
Às buzinas dos milhares
De motoqueiros úteis transportadores
Imediatos, velozes de documentos,
Alimentos, serviços rápidos,
Entregas afins . . .

Mundo de vitórias e derrotas
Negócios, propósitos, propostas
Avassaladoras, imobiliárias, construtoras
Em ação, sempre !
Na ação do proporcionar,
Crescer ! Para aumentar , engrandecer
O trabalho, o lazer, o viver ! ! !
Na cidade . . . aberta, alerta . . .
Sempre !

MEIA NOITE

É o meio, sem esteio
Semeio da noite . . .
Para amanhecer
O comêço do dia . . .
Em dia, no dia, adia
A madrugada fria,
Para um outro início
De dia . . .

Na luz fiel, que chega
E vem e atrai em seus
Primeiros raios de sol
Que na manhã, irradiam
Brilho, e tecem nova energia,
Vibração, alegria !

Meio dia, bate o ponto
Do almoço na calçada,
O trabalhador descansa
Do cansaço e devora a
Marmita fria, que ficou
Vazia numa só nostalgia
De esperar o que não conhece
E até esquece de sonhar . . .
Que sem pensar não pode ficar
Nem reconhecer que erros
Cometeu sem desesperar,
No desassossego de atropelar
Na entrada do trem . . .
No início da noite também
Seis da tarde entardece,
E cresce a lua no céu,
Que tem a nuvem, por véu
E esqueceu seu papel,
De luz fraca, fria, cruel,
Que ora embala o sono
Do homem real, banal
Servidor de si próprio
Que nada vê e nada descobre
Na escuridão da então MEIA NOITE
Meia lua, meia vida . . .
Vivida, em vão . . .

CONTRAPONTO

Os contrários dançam
No contraponto, encontro
Com o destino . . .

Se enlaçam, se entrelaçam
Se contradizem e impõem
Vitórias ou derrotas,
Que compõem estórias
De vidas em canções
Com emoção de esperada
Grandeza na real expressão
Da realeza das palavras . . .
Que estão em ponto ou contraponto,
Reunidas para empolgar, abraçar . . .

Envolver em seus braços férteis,
Regaços de mulher apaixonada,
Desesperada sob a luz da lua ou
Do Sol que estará no final da estória
No claro ou no escuro do contraponto,
Na proposta vivida a contragosto . . .
Na contrapartida da vida : contraponto !
Encontro . . . ou desencontro ?

APRÊÇO

Sentimento, respeito
De não negar, nem pensar
Em dizer não . . .

É legado, é futuro, é puro
Livre, espontaneo e até poetico . . .

Dura, perdura e procura
Demonstrar um afeto
Discreto, correto, concreto

Aprêço, quero sempre
Teu endereço, para não
Te perder de vista !
Nem no sonho do artista
Pela conquista . . .
Apresso o aprêço, e apresso
Que pressa ! Depressa . . .
Vamos apressar o aprêço !

TERRA :

Espera e renova
Aguarda na vanguarda
Da alegria, a volta da terra

A leveza certa e solta, fôfa ,
Irmã e revôlta que doa, que dá . . .

Enternece na ternura de mãe
Abrangente que é . . .

Abraça na crescente sabedoria
Em ser natural
Mudança : herança total
Vigilia de qualquer sono insano
Ou profano, som de rara beleza
Incrível em cantos e encanto
De pássaros, passeios em canteiros
Gramados . . .

Virá, e o tempo trará
O futuro, reinará na tenra
Doçura do fruto produzido
Em teu solo fertil, chegará,
E estará a nosso dispor . . .
Terra !

DATA

Marca exata
Quando ocorreu
O que aconteceu, relata
Descreve, escreve . . .

Importa, deporta
E reporta, acontecimentos,
Passado, presente, futuro !

Desvenda, ensina
Estória, geografia
Descobre, encobre
Fatores de nostalgia

Comemora, decora
Festas, reuniões, uniões
Requer soluções, prazos
Entregas, fechamentos
De negócios vultuosos . . .
Proveitosos . . . atraentes !

Data encontros, de amores
Supostos amantes
Sem temores, retrata,
Acende, paixões !
Enlaça, abraça, ilusões . . .
Data ! Marca na memória,
A data ! . . .

PRIMO . . .

Forte, cálido
Acolhedor, empreendedor
Vivaz, sedutor . . .

Cavalheiro renomado
De conquista em conquista
Um vencedor, no agito
Diario da luta pela vida

E na vida pela luta
Que se atirou, como dardo
Em rapidez e esperteza
E até uma certa inquietude
Que o dominava em desbravar . . .
Desafiar . . .

No final da batalha
Espada em punho . . .
Nunca desesperou
Nem se abateu seu vigor
E a vida o violentou
E a morte apenas . . .
O levou !
Primo . . .

DIA

Benção para nós
Inicía, nasce, cresce
Brilha sua luz, também
Em nossos corações
Que com muitas emoções
Renovadas agradecem !

Que seria sem dia ?
Sem claridade, sem luz ?
Sofregos, tremulos, andaríamos
Na escuridão, como cegos a vagar
Sem encontrar um lugar para estar
E permanecer para orar sempre . . .
Agradecer ! O Dia . . . da chegada . . .
E também da partida . . .
Dia ! . . .

. . . CORAÇÃO

Sem trégua
Sem paz !
Vive na proposta
Infeliz de não ser capaz
De desfrutar a alegria
Do prazer de viver !

Esquece o que conhece
E vive o desconexo
Que empobrece e chora
Implora e clama
Por sensatez . . .

E na rigidez do calcareo
Que lhe encobre a alma,
A essência, o ser, sofre
Sem proclamar nenhuma vitória
Ou alguma gloria, de haver desfrutado
O silêncio do crescer, para acrescer
E aquecer o coração !
Ah ! Coração . . .
De coração para o coração . . .