O AGRADECER
É enaltecerEngrandecer . . .Alegrar, brindar !O dia . . .No BOM DIA !É observar,Agradar, saborearDesfrutar . . .A tarde . . .No BOA TARDE !É aquietarOrar . . .Descansar, relaxar,Ou até . . .Passear, e depoisDormir . . .À noite . . .No BOA NOITE !É . . . tão simples, De viver . . .O agradecer ! . . .
SOLTAR
DesapegarDesafogarDesenrolarSair do arrôchoDo emaranhadoDa pressão . . .Do peito , sufocadoDesamarrarDesatarO cordão ! . . .Deixar soltoLeve, lindoLimpo, como sempre foiO coração !A alma , lavada , limpa.Em paz !Soltar, Alçar . . .O vôo livre ,Desenlaçar ! . . .
ENGANO
Profano estado de angustiaÉ um querer desvencilhar-seDe amarras, nós , construídosNa falsidade da mentira . . .Que afronta, agita e apoderaAté do sentimento mais puro,Envolve com seus tentáculos eSufoca, provoca, trai : descaradamenteTodo e qualquer elo de confiançaDe bonança ou benevolência . . .Que se deseje ter . . .É desrespeito,É afronta , agressão . . .Ilusão de 'pensar' que sabe quererMas nem imagina o que é amar . . .Está fora de época, fora de horaFora de moda . . .Passou . . . e nem sabe , que já foi . . .Que já foi . . . enganou - se redondamente,Ah! Engano ! Atroz ! Profano !
NORTEAR
Dar rumo, prumo, caminhoFortalecer a alma, a palma , a cançãoA entoar, sem revolta, sem ilusão,Não mais desilusão . . .Retomar a estrada certa,Na colheita, coleta, retaDa humildade, da retidãoNa arte, na fé correta . . .Postura concreta delinearSem vacilar . . .Difícil tarefa, reassumirColaborar, doar , para sentirNa alma, o flutuar , crescente,Abrangente de proporcionarO conforto do sentimentoLivre , de estar , a apoiarDignificar a individualidadeNa medida certa, para prover a vidaE preenchê-la, unicamente ,Da Paz , desejada sempre !Infinita . . .
PRANTO
De um presente passadoDe um passado presenteMau passado, não ultrapassadoMal passado, descompassado ,Descompensado . . .Sofrimento traz ,Revolve, mas não resolveA trama, nem destrava a travaE na garganta , atravanca . . .Contrai , destrói , retrai ,Sobressai ao que não querFalar, para distensionar,Chorar, não calar nem tentarIgnorar . . .Pranto, pressão, em depressãoDe tanto calar, sem dizer . . .Desabafar . . .É dia, é hora de não mais guardarNada de mágoa, chorar com águaNos olhos derramar da alma profundaLavar dessa distancia a imunda pretensãoDe não chorar . . . Pranto é tanto . . . O quanto ! ! ! É muito . . .
SOSSÊGO
Do sono, acalento . . .No acalanto do canto do pássaro, Da tarde . . .Me sento, ao portal da varandaQue se me avista a montanhaGrande, ladeada por menoresNa paisagem, desse vale, magnifico !É como uma porta aberta, constantePara a beleza da força que traz,E irradia, energia e Paz !É o cenario mutante, conformeA natureza atuante ao redor ,Acende ou apaga luzes do pôrOu chegar do sol . . .Visitante assíduo, brilhanteFugaz !
CONTRASTE
Do tudo, do nada ,Da almofada que foi florNa sala, jogada na calçada,Da mão amada, que virouBalada na madrugada da vida,Derrocada, caída, desbarrancada . . .Do morro, montanha, horizonteQue derrubou a enxurrada, naTarde rasgada da chuva , queDo nada chegou e se foi . . .Do vento vadio que não assobiou,Porém derrubou sem avisar . . .A árvore que ficou na AvenidaA atravancar a saída do progressoDo homem que matou sem regressoTodas as outras árvores irmãs . . .Que sustentavam o contexto harmoniosoQue virou prédio glorioso, do empresárioAudacioso ganhador, ou perdedor, do solo,Do canto , do morador , o pássaro anuncianteDo dia, que com a árvore matou !Contraste . . .
VIDA DURA
Na enorme procura de si mesmoNessa luta enfadada, enfadonha,O homem se entristece, cresce ,Se aborrece . . .Entontece ao perceber, que desejaTão pouco e na troca do muitoQue proporciona, se destroça,Desmorona . . .E quer, deseja mais do que tudo!SER FELIZ !Como será essa porta da glóriaQue abrirá na memória, essa talSensatez da felicidade ?Quando virá ? Quando crescerá ?Nos corações humanos essa chama ?Esse calor . . .Dez letras , tão queridas, nessa palavraTão cantada em tantas canções . . .E tão desejada nas orações . . .Ela estará cravada e esculpidaNa pedra mais preciosa , bem Formosa , auspiciosa . . .polida . . .GRATIDÃO , sentimento sublimeQue eleva e abrandaA vida não mais duraNem sofrida ! ! !Quando virá ? Quando crescerá . . .
O INFELIZ
É aquele que não sabeTer felicidade, nem onde buscá-laÉ aquele, que de tudo reclama . . .A vida dele é um abuso, do tudo saber . . .Tece tramas e se enrosca nelasO tempo todo . . . e se engana e engana . . .Se sufoca, se reprime, se deprime . . .E sufoca e reprime e deprime também a outrem . . .Às vezes nem precebe isso !Infeliz é aquele que nem sorri, para a manhãQue chega, e sai antes do dia e da companheiraDespertarem . . .Sem sorriso , sem : bom dia !Infeliz dia do infeliz, se , nem sequerTem direito ao bom do dia na alegriaDe saudar . . . Bom dia !Infeliz . . .Seja feliz no bom dia !De algum dia que chegar . . .
ANOTAR . . .
Sem demora,O dia, a horadignificar, sem demorarO agora . . .Tudo reportar, escreverdescrever, narrar, apontar . . .O despontar de . . .Laços, abraços, reuniõesQue como correntes, sutis,De rios febris retratam, impressionamNas letras, nas palavras, reposições . . .contraposições , dos adjetivos a qualificarE quantificar mais e mais . . .Poesia, anotar . . .Para alimentar ao finalDesse dia, dessa hora, sem mais demoraA alegria, sem tristeza, sem nostalgia . . .Anotar, com destrezaEssa . . . magia !
FRESCOR
Suave rigorVestimenta . . .De manhã , renovada !Eterna chegada do Sol !Que reina sobre qualquerCenário, solidário, cálido,Acolhedor . . .Astro na tela do Artista Mór,Nunca perdedor, sempre empreendedorDe novo amor, renovador, nova conquista !Sem derrota, como o artista . . .Que confia, veste e revesteSua manhã de festaNo frescor e despudorDesta manhã em festa !Frescor . . .
. . . INVERNO . . .
Abrigo da alma !festa na solidão . . .Na calma . . . Que não é solidão, é comunhão ,Do interior, com ele mesmoÉ encontrar-se, enfrentar-se,reeducar-se para o bem . . .De ser belo, cálido,Acolhedor, calorDe bondade, tolerância,Aceitação de cada ser, como é,Intrinsecamente feliz ! Ou infeliz !No apenas concordar, comPosturas, ou até imposturas!E abrandar, circunstâncias externasE apenas : aguardar, o enrolar ouDesenrolar . . .Tão simples ! É como um filmeA rodar . . . a passar . . .É só assistir . . .Sem insistir !
ESCOLA
Da dor de amorSutil ensino, sem professor,Calma aula, vida flui . . .Sem horário preciso, no momentoConsiso, resume , exala , e vem . . .Ensina, distrai , contaminaNo êxito ou no êxtase ,De se querer, saber , mas . . .Sem crer ? Não se poderáNem entrar nessa escolaDe vida que ensina, a sobrevidaDe um mundo sutil , que virá dominar . . .Tudo : A vida , a calma, escola da almaDo porvir, encantamento de apreciar . . .Sem memória nem escola de glóriaParalelo da derrota de encontrar , no eloDa compreensão , significado minúsculoDa imensidão do PERDÃO , sentimentoGratificante que eleva o coração . . .Na graduação . . . da Escola da Vida !
LIBERDADE
Vasto tema, até histórico !Quanto conteudo em uma só palavra . . .Gozar dela, sem abusar , é utilizá-laVerdadeiramente, é um dom, um prêmio,Diria até , um privilegio . . .Todo o artista a tem sempre como lemaOu tema, como criar , sem conhecê-la ?Ela é abundante, serena , quieta, amena . . .Nos traz a brisa leve, o vento morno ,Do meio da manhã, o odor saborosoDo feijão cozinhando o almoço caseiro,Do trivial do dia, na harmonia entre o sabor,O calor do fogo que aquece, enriquece, sempre . . .Essa mesma liberdade de terVida, estima , estímulo !E desfrutar na simplicidadeO viver de verdade ! Em : liberdade . . .
VERSOS PRECISOS
É preciso buscar, renovar !Nos versos do dia aproximarSem taxas ou impostos os corações . . .Sem falsas reposições em palavrasDesatenções soturnas e vãs . . .Emocionais derrocadas, debandadasDesilusões não mais provocar, paraDesatinar e desativar, o mecanismoSuave, no olhar , novamente desatarA fluência, o brilho e o paladar da verdadeNo beijo sem aflição, sem maldadeNem possessão . . .Abrigar no peito a certeza de amarCada segundo do respirar, no afago,No calor, no afã conjugado, sem dominarNem ser dominado . . .Descobrir esse encanto, do amor encantadoNo verso preciso , colocado , sem ultraje ,Sem rigor , sem pudor , porém : sagrado !
FORÇA
Como vem, como vaiEla chega, nem se sabeComo nem quando a adquirimos . . .Ela é um prêmio, um reforço,Para viver, para continuar,Para transpor, para revezar Seja em situações de alegria,Ou de pesar . . .Ela cresce, conforme a dorEla aplaca, e engrandece,O teor da vontade, de continuarPara aprender, e buscar, sem parar . . .Para resolver, solucionar ,A meta de si, final , de uma vida ricaNo interior, para poder apreciar ,E desenvolver a habilidade De transformar situações, corações . . .De iniquidades banais, em estruturasBaseadas na força de um pensamentoLúcido, coerente, com amar . . .O que se apresentar , na circunstânciaQue surgir, agir com deliberadaTernura benevolente, branduraSensata, transparente . . .Isto é a nova , a forçaQue estará presente, foraDe qualquer brutalidade, seráA amenidade convertida e traráNova vida de cura a toda e qualquerFerida ! ! ! . . .
DESTREZA
No falar, ímpeto ! Delicadeza para descrever Converter em doces palavras Eternas alegrias, sem tristezas Adquiridas ao longo da estrada, Conquistada morada, caminho . . . Vida, algumas vezes conturbada Enevoada por passados supéfluos Galhos enérgicos duros de solidão Aguda, persistente sem trégua, fremente Invasão ao coração latente . . . Cheio de alegria contagiante, contente ! É o que demonstra o exterior, aparente . . . E até afronta o perdedor, descontenta Jogar novamente, até ganhar em louros Coerentes a prata ou ouro da vitória . . . Na luta por essa vida preciosa, forrada De sedas, riquezas que em sentimentos Transformadas, são os filhos, a alma sensata De tê-los, merecê-los e acariciá-los com os olhos, Como abraços do carinho sem fim ! Da ternura, Sem agrura, sem temor,sem tortura, na fartura, No ardor da obediência de estar a favor . . . da Benevolência, amor pela família , pelo calor ! Destreza . . . de sentir . . . essa beleza !
MOMENTO . . .
Necessário , Oração,Agradecimento, devoção . . .Espera, finita, gratidão !Infinita, redobrada, conversão !No avulso do tempo, que chegouEnfim , alegrar o coração . . .Que veste nova roupagem,Coloração ! Em preparo, em posição,Para enfrentar a situação,consequência da consciênciaDo verdadeiro bem !Do estar, momento do bem estarConsigo mesmo, no interior, atento,A rogar, a pedir e a Agradecer !Estar no momento, e presenciar . . .
APÊGO
Me apego, me desespéroTonteio no receio de desagradar,Chego a ficar inquieta, revôlta ,Aflita , e até . . . indiscreta . . .Que não é meu feitio, nem um poucoEssas facetas nossas, que às vezesSe apresentam, nos enganam e profanamA nós mesmos, agridem . . .Nos maltratam, destratam . . .Não procedem, intercedemNa dança dos dias, das horas ,Dos meses, a fio, que ficamosE continuamos insistindo . . .Em não sermos nós mesmos !Autênticos, sinceros, verdadeiros . . .Por que ?!Apêgo, neguemos o apêgo, vamosArrancá-lo de nossa alma . . .Já , por demais arranhada por suas unhasMaldosas e corrosivas . . . !Fora ! Apêgo, vá embora ! ! !
POEMA PARA O ILUSTRE
Criança, luz que ilumina . . .alcança sempre o amor,Que vem, embala o sono, E cala, e fala, ao coração !Ilustre, gentilMenino viril, que sejas sutilCom teu sorriso . . .E alegres, com tua chegada,Esta já . . . iluminada morada !
ENLAÇAR
Que mistério no enlace,União de seres afinsAtração,pela belezaNão só externa, masInterna dos corações . . .Sentimentos unidosIrmanam-se na pazEm paz, onde estiveremEncontram-se até em simplesPensamento . . .Ligam-se e podem se comunicarE acontece o calor, que transmite,Que passa esse amor, esse zêlo . . .O carinho, o afago , o porto seguroPara sempre ancorar, e enlaçarNo abraço aportar, e reportarA todos à sua volta . . .Como é bom ter alguémPara ser, realmente : feliz !
PESSOAS
Contatar pessoas conversar com elas, dialogar com maior profundidade . . . Manifestar calor, afeto, amizade Comunicar com carinho , Aprofundar laços e abraços, aproximar . . . Nesta hora, nesta festa Buscar, seus interiores Sedentos e desejosos, De palavras amenas, alentadoras Portadoras de calma, compreensão Verdadeiros afagos ao coração São poemas de afeição, de paz ! Alegria de expressão Delicadeza de posição, Colocados no verso ; razão Desta poesia, emoção São : pessoas, União !
ENTARDECER . . .
Da vida, da idade, do amor . . . Momento único, movimento pleno De si, da alma una na calma . . . Que ninguém entende, e nem Pretende invadir, porque não pode . . . Na brutal fuga crucial de si mesmo, É como se assola, se maltrata, e se perde Em suas próprias malhas O homem moderno . . . Que pena ! Pensa saber, pensa querer, Pensa amar . . . E não sabe . E não quer . E não ama. Que pena ! Entardece, enrijece e não cresce . . . O ser, e aborrece, entontece, entristece Entardece . . . e antes da hora, perece !
EXEMPLO
De mulher , de vida Na família, afeto, zêlo vivaz Compraz, preenche , dedica Tudo faz, sem reservas Sem parar . . . Movimento, atitude De Senhora, firme, Mãe, esposa, eloquente Vovó, mais que pra frente . . . Sempre alegrar, suprir, acarinhar . . . Cuidar intermitente Como espuma no mar . . . Clara, abrangente . . . Abraça, aquece, enlaça . . .
PARADOXO
O amanhã renasce em mimA cada segundo . . .A renovação do ser me penetra,E eu me sinto criança,E ao mesmo tempo, anciãO que existe de beloNo amadurecer é indescritívelPor isso, as pessoas mais velhasSe tornam cada vez mais belas. . .É uma beleza invisível, aos olhos materiaisÉ o interior que brota,Infindàvelmente, à flor da peleO que seria meu Deus ?Se pudéssemos enxergar essa beleza ?Seríamos perfeitos, inabaláveis,Inatingíveis, seres sobre humanosSábios, totalmente absolutos . . .?!Imensa pretensão da imaginaçãoPresente à sensibilidade, ao sonho . . .Pura beleza de viver embaladoNessa grandeza, que é : o sonhoDe ser, e preencher vitórias, sem derrotaE a vida uma anedota contínua, um prazerVulgarmente, uma piada, engraçada . . .Ou desgraçada, se . . . inútil, mal colocada !Ah ! Homem !Quanto ainda aprenderemosNessas jornadas paradoxaisEm risadas anormais,Ou felizes noitadas capitais !Esse enigma paradoxal, contínuoAmbíguo que é o fascínio, do ser . . .Homem, humano, profano emVitórias por baixo do pano, banaisVulgares . . . Veremos e assistiremos, até ondeChegará essa audácia, empáfiaInfeliz, da política raquítica,Decadência que sustenta esseSistema que se acha desenvolto,Desenvolvido . . .porém é mais revoltoE falido, do que mar cinzento, aflito . . .Abatido . . . Mudemos esse paradoxo,Com palavras mais leves,Mais soltas e poéticas . . .Como no início, onde falamosEm renascer . . .Que será o verdadeiro brotarDa nova Cultura, séria, mansa,Verdadeira ! . . .
. . . ALÉM . . .
Além, muito além De campos diáfanos, Encontro a plenitude . . . Em uma névoa que se desfaz, Percebo o infinito . . . Uma luz, incrivelmente brilhante Me atrai, será um diamante ? Os reflexos me chamam agora, E chegam a me tumultuar o cérebro Nada me confunde, mais . . . O brilho, intenso se reflete, então Em uma água cristalina, plena de Frescor e energia . . . Ela me chama, e eu me entrego A um delírio fugaz e eterno . . .
. . . ENCONTRO . . .
No encontro de Terra e Mar Mar e Terra . . . O que estiver à margem, inverso, Submergirá , e o que estiver submerso Emergirá . . . Sugirão novas paragens E novas paisagens em passagens, Passageiras, . . . Virão . . .
DESESPERAR . . .
Desassossego, arrôcho, Falta de paz . . . sentimento chôco Incomoda, é ôco, atormenta, fere, Subjuga, entristece . . . Ninguém merece, estar assim . . . Em angústia, agonia, tormento Nostalgia da lágrima constante, Que vem, visita, permanece . . . Amordaça, o coração . . . a emoção! O rumo a tomar, É orar . . . Para não . . . Desesperar !
TUDO PASSA . . .
E o ser humano cresce, embruteceE tece tramas e dramas,Cada vez mais difíceis . . .Cada vez, mais, e mais intrínsecos,Complicados problemas a dissolver,Solucionar . . .Se cresce muito, muito ,Só enaltece o material e compra . . .Compra e pensa que tem o queComprando, nunca terá . . .Se não 'cresce' fica a empatarEmpaca em tudo, atrapalha Aos outros, nada vinga, nada fazSó dá trabalho, preocupação, Prejuízo . . .Porém,tudo passa . . .E virá o momento de trocarValores, moedas, tudo mudarE crescer ! Em sinceridade . . .No sentimento da gratidão ePerceber no coração, a realizaçãoDo ser verdadeiro !Tudo passa . . . mas a hora chega !
SOMBRA . . .
Afável proteção da NaturezaQue vinda de frondosa árvoreNos proporciona frescor . . .Suave abrandar do suorDe caminhar ao sol . . .Diáfana, cheirosa, árvore airosa,Por entre seus galhos brincamAves e cantam seus cantos, encantosE esbanjam suas cores, em trinados febris . . .Buscam seus ninhos, abrigo de filhotes,E com carinho, os tecem, e trabalhamSem cessar, zelosos em sua construção !Natureza mestra ! Teu ensino é sábio,E fértil para nós, homens que tantoNecessitamos dessa harmonia, dessaSintonia de teu viver, e demonstrarCada vez mais, o quanto devemosRespeitar e valorizar a simples, singelaE deliciosa sombra dessas árvores, queAcolhedoras, nos abraçam sem que percebamos . . .Ou avaliemos esse imenso benefício , gratuito : sombra !
O CANTO DO CANTO DA NOITE
Lua cheia semi material,O canto, do canto dos saposNo açude cristal,Harmonia da NaturezaDo canto da noite,Banhado pela prata,Que grita naquele lugar . . .Pedaço do UniversoImerso, imenso !No mistério da salvaçãoDo movimento contínuoCrescimento . . .Aprimoramento da alma humanaSaindo das trevas, da escuridão . . .
. . . MÃE . . .
Três letras cúmplicesDo amor, abnegação,Mistério, que é . . .Ser . . . Mãe . . .A fé, no afã de cada diaImpulso, carinho, alegria . . . Mãe . . .Juntas ou separadas Em corpos, porém nuncaEm pensamento, ou em sentimento . . . Mãe . . .Dádiva, bem querer, ensinamentoAbrigo do ser, carinho do nascerDo bem estar, do crescer . . . . . . Mãe . . .Ombro sempre amigo, antigo . . . ManhêêÊ !!!
OLHOS
Forte expressão da faceBrilham, ora escuros,Ora claros . . .Como pedras preciosasReveladoras, do amorDa dor, da glória ,Da vitória, ou do dissaborDa derrota . . .São aventureiros, venturososMelosos, quietos, alertas,Apaixonados, apaixonantesEmpolgados, empolgantes Mistérios nos olhosSe escondem ou revelam,Desvendam ou tecemTramas infindas, profundas . . .Azuis são mais brilhantes, atraentes . . .Verdes são opacos com arDe mistério de mar . . .Castanhos espertos, sedutores . . .Negros, profundos arrasadores . . .Olhos :Todos , enfimSão belos, atraemE mostram até o estadoDa emoção, como se encontraO interior , o coração !E constróem amores utópicosOu reais, felizes ou infelizesSemeiam torrentes de beijosAfagos e abraços latentes,Suprem carências, trazemExpectativas de relações ardentes !Olhos , benevolentes , o quantoSois afáveis e compreensivosPor vezes, instáveis, invasivos !Olhos :Atraem a almaA calma, a atenção . . .Chamam para a amizade,A relação, o conhecimentoMostram abertamenteA inteligência, a saúde No brilho a sinceridade, afeiçãoNa cor, o calor , a profundidade . . .Olhos :Espelhos de águaOu de mágua !Como é bom, percebê-los,Estudá-los e amá-los . . .Olhos . . .
FESTA !!!!!!!!!
Oba oba oba !!!!!!!!!!Desordem no Blog, vem aí uma comemoração importante, a chegada da terceira a idade . . .60 anos, de vida bem vivida, bem aproveitada, feliz!!!!!!!Cheguei e quero !!!!!!!!!!Quero, Quero, Quero !!!FESTA! UNIÃO! ALEGRIA! FAMÍLIA! COMEMORAÇÃO!!!VIVAAAAA!!!!!!!!!!
HARMONIA
Cresce, acresce, acalma Amortece, a dor A raiva, inexiste Nem acontece . . . Harmonia Não impede nada Nem ninguém de ser Feliz . . . Como o fruto Que adoça, que cresce Remoça . . . Harmonia Na luz do dia Floresce e vem E enlaça como chama Inflama . . . Engrandece e ama . . . Enriquece, irmana Harmonia Conhecer é bom Reconhecer é bem Na harmonia Do entardecer do dia Escurecer em azul e rosa Que cadenciam e compõem O cenário do pintor magistral Diário de mais um final . . . Do dia que raiou ! Iluminou e acabou em Harmonia ! ! !
DEIXAR . . .
Partir, característica tristeza De meio de tarde, quase . . . Final de dia Mais um dia que se vai E nos deixa na paz, No silêncio de mais uma Noite única, banal, sutil Ao redor, nuvens róseas Que parecem exalar algum perfume . . . Se emendam, se revezam , E brincam, atarefadas no céu Algumas finas como véu , E outras, encorpadas como Algodões imaginários , Em figuras que formam . . . Pessoas, de perfil , diferentes animais . . . Enfim , desenhos mil ! Poder observar esse movimento Delas e sentir a brisa leve , Que as movimenta, modificando-as, Nos diverte, nos toca, nos encanta, E nos torna novamente crianças . . . Nessa observação, brinquedo Agradável, descompromissado, Sutil, delicioso . . . Ah! Aquela parece um sorvete De nata ! De leite ! Gostoso ! A outra, do lado, algodão doce, Grandioso ! Criança, vivência de toda bonança Crença, alegria, união ! Vida ! Nova ! Estímulo ! Aprendizado . . . feliz !
POEMA ANTIGO
Abrigo de emoções Do coração amigoQue controla paixões,Que reverte situaçõesDe mágoas e aflições, Em canções, ora lentasOu barulhentas, para aplacar . . .Silenciosos prantos, segredosguardados, preciosos . . .E transformados, comoTesouros no fundo da almaDessa essencia que tudo levaTudo carrega e sopra juntoCom o vento lento, alentoNa madrugada fria, inícioDe mais um amor amigoQue será poema antigoEm alguma madrugadaEm alguma vida . . .